sábado, 1 de maio de 2010

MEMÓRIAS


Era, nos idos anos 50 e 60 do século passado, local de residência de várias famílias, numa propriedade rural com vários trabalhadores e uma intensa actividade agrícola e agro-pecuária.

Teria então talvez uma dezena de casas, todas habitadas com homens, mulheres e crianças... Ali vivi vários momentos muito agradáveis com os seus residentes na altura, filhos e pais meus amigos. (As famílias Espadinha – Ana (viúva) com o filho João e suas duas filhas Manuela e Deolinda e António com a mulher Lucinda e os filhos Perpétua e Manuel - os Gasparinho, João Gomes e filhos, etc. -). Recordações bonitas de um são e agradável convívio que jamais tornará…

Estive ali hoje e, com o desalento e a nostalgia que se adivinha, registei na máquina o que resta do Casal do Anafe de Cima, cuja foto aqui deixo.

Mas estive também no Anafe do Meio, onde viviam os meus avós maternos, Gregório e Maria do Rosário ( “Tia Maria Arroteadora”, como era conhecida), local que frequentei durante vários anos da minha infância e que constitui a memória mais recuada da minha meninice.

Já não existem as casas muito modestas onde viviam e que bem recordo (abandonadas e possivelmente em ruínas, alguém decidiu deitar abaixo o que restava…) mas fotografei o local e a zona e em breve conto iniciar por ali – pelo Anafe dos meus avós - as minhas memórias em blogue que já criei aqui na net e que só aguarda maior disponibilidade da minha caixinha craniana para começar a ser escrito.


Deixo também aqui uma imagem desse local, para o caso a velha eira, hoje abandonada, onde meus avós e sua família (4 filhas) tanto trabalharam, tanto se sacrificaram para viverem suas vidas – ou, talvez melhor: para subsistirem !... - e até para ajudarem a criar-me.


Coisa dos idos anos 50 que tanta nostalgia acarreta e pelos vistos teima atingir cada vez mais esta já velha carcaça…

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