segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A MUDANÇA E O CANSAÇO

É sabido como são cansativas as mudanças que por isso mesmo sempre são evitadas e só concretizadas quando mesmo necessárias.
 
No caso particular deste escriba ela tinha mesmo de acontecer e por isso houve que meter mãos à obra…

E que obra!…
 
Desde quinta-feira, 24, já no novo “barraco” ainda que sem toda a mudança concluída, devo confessar que não cumpri totalmente a minha missão porque, a 48 horas do seu término, “dei o berro”...

Francamente, confesso: Na sexta a coluna queixou-se em demasia e as dores forçaram-me ao ko. Não fora a prestimosa ajuda final de familiares e amigos e não sei como seria…

Tivemos o bom senso de entregar a uma empresa apropriada o maior volume dos tarecos mas, estupidamente, deixamos para nós as pequenas coisas, a tralha mais miúda, convencidos que seria fácil mas enganamo-nos redondamente. Redondamente.

E quanta tralha apareceu? Credo! 

Sexagenários e num casamento de quase 40 anos, vai-se juntando muita coisa e, depois, quando surgem estas situações, é que é o “cabo dos trabalhos” para fazer a mudança.
 
Mas, pronto, ela concretizou-se e deixamos para outro o cansaço das escadas e a “guerra” da falta de estacionamento que diariamente me atormentava na anterior residência.

Chegamos ao fim com a língua de fora e sobretudo com dores na coluna até mais não mas, agora, com calma e uns analgésicos de apoio, talvez tudo volte ao normal.

Tem de voltar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

TABEFE


Há muito não comia e quase poderia dizer que já nem bem me recordava do sabor, tantos foram os anos passados e, agora mesmo, à merenda, matei saudades: Tabefe.

O tabefe, cujo sabor me fez recuar até á minha meninice, nos anos 50, quando este delicioso soro, fabricado magnificamente pela minha saudosa avó Maria, mãe de minha mãe, com leite de ovelha e cabra, bem me ajudou a criar.

Ia buscá-lo de bicicleta, com as pernitas enfiadas pelo meio do quadro da dita cuja ao Anafe do Meio, junto ao Chouto onde meus avós residiam porque aí arroteavam as terras e granjeavam as mesmas e a sua própria vida.

Chegado a casa juntava-lhe um pouco de açúcar e deliciava-me com o delicioso sabor do tabefe acabadinho de fazer. Uma maravilha!

Uma maravilha que agora revivi e voltarei a repetir em futuras compras, aqui na mercearia da rua.

Mercearia daquelas “á antiga”, que recebem as nossas encomendas, nos tratam com civilidade, gentileza e amizade. Sem os artificialismos e “por atacado” , como nas grandes superfícies que abundam e nos sufocam aqui na grande cidade e que detesto.

Detesto!