quinta-feira, 14 de maio de 2009

A VIDA E A MORTE


Leio n’ O Mirante, aqui na net, que morreu Álvaro Brasileiro, um trabalhador rural de Alpiarça, comunista dos antigos e que chegou a deputado nos tempos quentes pós 25 de Abril.

Quando do Verão de 1975 ficou famoso por, num comício na minha região natal, depois de incentivar os rurais a invadirem as propriedades privadas e hostilizarem os seus proprietários, se esses reagissem, no seu conselho, lhes deviam mandar com uma enxada “pelos cornos abaixo”, na sua exacta expressão que ainda hoje recordo de memória.

Então insurgi-me na imprensa local (Jornal da Chamusca) onde escrevia contra esta maneira de fazer política e isso valeu-me forte reacção de muitos apoiantes de Álvaro Brasileiro e dos seus métodos e não faltaram mesmo as cartas anónimas ameaçadoras.

Mas também houve apoios, ainda que particulares e adivinha-se porquê naquela época louca do PREC...

Há muito não ouvia falar deste famoso comunista e agora sabemos que faleceu ontem como resultado de “doença prolongada” o que faz pressupor que foi vitima de cancro e certamente do seu natural sofrimento, infausto desenlace que naturalmente lamento.

A vida e a morte.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

CASÓRIO HÁ 37 ANOS!



Aconteceu o casório no dia 6 de Maio de 1972 na capela do Senhor do Bomfim na Chamusca.

Foi dia de alegria, união, festa e de muitas esperanças entre dois jovens nos primeiros tempos das suas vidas adultas.


De então para cá e passados estes 37 anos, dá para fazer uma retrospectiva e, em jeito de balanço, dizer que valeu a pena tendo realizado afinal muitos ou mesmos todos os nossos sonhos da altura.

Dois filhos e um neto “à maneira”, que nos dedicam carinho e apoio e nos transmitem alegria, a saúde não nos tem acarretado problemas de maior felizmente e, a vida estável, tranquila e feliz, deixa um balanço até agora francamente agradável! Oxalá que assim continue!

Por isso fazemos mas, como bem sabemos, muitas vezes só isso não chega… Há que contar com as contrariedade e vicissitudes que sempre surgem e, aí, é importante manter sempre a serenidade e tranquilidade necessárias porque, diz-me a experiência dos anos e dos já imensos cabelos brancos, é meia solução para ultrapassar as situações mais complicadas.

Neste percurso da vida deixo uma palavra final para os já muitos familiares e amigos que, vitimas da lei da vida nos deixaram e partiram para sempre. A sempre dolorosa morte foi-nos provocando dias e momentos bem difíceis e, hoje, é com dor e saudade que quero lembrar meus pais, avós e sogros há anos falecidos que sempre nos estimaram e, agora, são já uma grande saudade. Aqui, deixo um destaque para o meu pai porque, com muito nosso pesar e sofrimento, deixou-nos muito, muito cedo…

Um bem hajam para ele e todos os outros já perecidos que, ao longo das suas tão prestimosas vidas, foram exemplo precioso e que sempre nos ensinaram a caminhar com rectidão e seriedade nas nossas vidas! Bem hajam!