CITO E ASSINO

"Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis".

Estas certíssimas palavras, alegadamente redigidas ou proferidas pelo dr. Barra da Costa, criminologista e conhecido comentador do tema na nossa televisão, circulam pela net e chegaram-me através de vários e-mails nestes últimos dias, sempre acompanhadas de palavras de aprovação e apreço pela opinião sábia e corajosamente expressa.

Também eu quero dizer e na sequência do que já várias vezes aqui tenho afirmado quando abordo este dramático tema da criminalidade que invadiu Portugal, em grande percentagem muito por culpa dos inconscientes e incompetentes políticos que temos em S. Bento na feitura das leis, que subscrevo integralmente e aplaudo a opinião do dr. Barra da Costa.

E, parabéns pela sua coragem, dr!

OBAMA - AGORA, DEPOIS DO CAOS!

Chegados ao dia 20 de Janeiro de 2009 e depois de Barack Obama ter tomado posse como 44º Presidente dos Estados Unidos da América o mundo acalenta uma enorme esperança de progresso e melhoria que, francamente, me parece excessiva.

Todavia, eu tenho uma convicção: A sua Administração será certamente melhor e, no pior dos imagináveis até poderá a ser igual (???) mas, uma certeza eu tenho: Será completamente impossível ser pior que a desta "coisa" que ali esteve oito anos e hoje partiu, acenando à populaça, sorridente, feliz e insolente como sempre.

E, depois de deixar o Mundo neste estado de descalabro e, muito, muito por culpa sua: Em guerra, faminto, calamitoso, dramático e quase inconsciente em que nos encontramos aqui e agora e depois de ter invadido uma terra sem justificação ou motivo evidente, na altura e agora, provocando milhares de mortos e feridos, para além da miséria local e mundial que daí resultou, ele parte para um retiro em reforma dourada, sem consequências. Impune. Feliz da vida.

Uma vergonha. Acho eu, na minha triste insignificância.

Mas... é o Mundo. O nosso Mundo...

UM AMIGO ESPECIAL

Depois de por duas chamadas telefónicas ter tentado falar-lhe sem que atendesse, o Joel ligou-me há pouco e, como é hábito, passámos bons e largos minutos – talvez mais de meia hora!... – em amiga e agradável conversa rememorando tempos passados que já não voltam e que então nos marcaram profundamente para as nossas vidas.

Joel Costa é um velho e especial amigo de longa data com quem vivi e convivi mais de dois anos diariamente e em circunstâncias difíceis e por vezes, se não sempre, muito complicadas, dado que estávamos em plena guerra, primeiro no Leste e depois no Norte de Angola.

Temos um almoço há tempos aprazado para saborear mas a minha tentativa de hoje era mais para o “provocar”, perguntando-lhe se a abordagem feita pelo “Expresso” deste sábado respeitante ao tema do desaparecimento e eventual morte do famoso pianista Sérgio Varella Cid e ao médico e presidiário brasuca Hesmany Ramos, alegadamente ligado ao desaparecimento do pianista lhe poderia valer mais uma edição do seu livro “Balada para Sérgio Varella Cid”. Afinal, uma pequena e inofensiva brincadeira com o meu velho e especial amigo...

Como é fácil de aceitar tenho muitas e diversificadas cenas/histórias vividas na tropa e na guerra e onde naturalmente entra o Joel dado que, por força das circunstâncias vivemos e até algumas vezes dormimos juntos – lembras-te da história dos “chatos”, no Muaco, pá? Eh! Eh! Eh! – e penso um dia destes iniciar aqui a publicação de uns quantos apontamentos onde recordarei, ao correr do teclado do computador, essas patuscas situações vividas numa data muito marcante da minha vida.

Fico-me hoje por aqui deixando a foto de capa do seu excelente trabalho de 400 páginas de biografia romanceada de Sérgio Varella Cid e ainda uma imagem registada em Maio de 1968, no Cavungo, Leste de Angola, onde a sua velha e apreciada boina sobressai. (Joel Costa aceitou e usou sempre, sem qualquer alteração, as fardas que no início lhe distribuíram e, para além disso, viveu toda a sua “Comissão” absolutamente “a leste” dela mesma... Um espanto!).

Um dia destes falarei mais pormenorizadamente e contarei cenas curiosas e significativas vividas com este amigo que de certa maneira contribuiu para a formação da minha consciência política - admito-o, francamente! - e, por isso mesmo, para a partir dessa data ver, sentir e estar no Mundo de forma diferente.

(Hoje, Joel Costa, para além da sua actividade como escritor, continua como no tempo da guerra no Coro do Teatro Nacional de S. Carlos e tem um apreciado programa semanal - Questões de Moral – na RDP2.)

TRISTE REALIDADE

Graças a um link remetido por e-mail por uma amiga portuguesa residente na Alemanha (a net aproxima-nos, informa-nos e valoriza-nos magníficamente!) eis uma prova bem evidente da triste realidade que temos em alguns deputados da nossa Assembleia da República que, vergonhosamente, não sabiam - o registo é de 2008 - qual o valor do Salário Mínimo Nacional, ainda que, num ou noutro caso tentassem disfarçar a sua estúpida ignorância:

Entretanto e porque gosto que esta miséria fique gravada por escrito em eventual registo de papel, tenho a "pachorra" de aqui deixar uns quantos depoimentos expressos no video:

REPORTER: - O Salário Mínimo em Portugal é de...
CARLOS PÔÇO (Deputado do PS): - É de 480 euros. Salvo erro...
NELSON BALTAZAR (Deputado do PSD): - Sim! Andará à volta de 500 euros números redondos. É de 400 e tal euros... Número ao certo não sei!
MÁRIO ALBUQUERQUE (Deputado do PSD): - Anda à volta de 560 euros. À volta de 500 euros...
MARQUES MENDES (Ex-Lider do PSD): - Não! Não sei exactamente o valor! Se estivesse na política activa tinha obrigação de eventualmente saber. Não exactamente...
ISAURA MORAIS (Presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior): - 480? 465? Oh pá?! Prá'i... Sr.Professor - chama o prof. Marcelo Rebelo de Sousa - ajude-me! Quanto é o valor do Salário Mínimo Nacional? Ajude-me!
MARCELO REBELO DE SOUSA: - São 426 euros.


E... é isto que temos...

A nossa triste realidade.

E... VÃO DOIS!...

Depois de Luís Figo em 2001 ter sido considerado pela FIFA o Melhor Jogador de Futebol do Mundo foi ontem a vez de Cristiano Ronaldo receber igual classificação agora relativamente ao ano findo de 2008.

Temos então neste curto espaço de 7 anos dois atletas portugueses a atingir o mais alto galardão que qualquer futebolista do planeta almejará conquistar, sendo que estes dois portugueses o conseguiram com elevada votação muito destacada dos restantes concorrentes.

Figo e Ronaldo são dois produtos criados na formação futebolística do Sporting Clube de Portugal e por isso justificado orgulho dos seus adeptos e filiados e mais uma magnífica prova do elevado saber e da eficiente forma como se trabalha nas escolas deste importante clube português.

Por razões pessoais e de calendário dos jogos dos juniores não acompanhei tanto em permanência o crescimento e formação futebolística de Cristiano Ronaldo como no caso de Luís Figo em que bastas vezes estive em Alvalade, às 11 da manhã dos domingos, vendo os jovens juniores que evoluíam e cresciam no clube, em cujo grupo o nosso Figo militava.

È assim com compreensível prazer que vejo os bons produtos saídos daquela casa atingir o topo do futebol mundial e tendo ainda a certeza plena que, para além disso, ali se constroem e formam homens de carácter que, ali e em muitos e diversos clubes do Mundo, muito orgulham o Sporting e os sportinguistas! E temos tantos e tantos exemplos que isso comprovam!

Conheço apenas uma excepção de um ”porco” que para aí anda, um que ali entrou de fraldas e saiu craque e posteriormente tudo esqueceu e “cuspiu no prato onde comeu” mas, isso é apenas um caso que comprova que “não há regra sem excepção” ou que, como diz o nosso povo: “Em todo o rebanho há sempre uma ovelha ranhosa”...

SUBLIME, NA CRISE!

Ilustrando a terrível crise financeira e económica porque passamos a nível nacional e internacional - melhor diria, global! - o semanário "Expresso" de hoje ilustra a sua 1ª página com esta foto legendada de forma que considero SUBLIME e aqui publico com a devida vénia:


(Governador do Banco de Portugal, Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças)

É por "coisinhas" destas que adoro e sou um apaixonado pelos jornais, pela net e pela comunicação social!

COISA BONITA!

Em boa verdade, no início, a notícia feita daquela forma pareceu-nos um pouquinho desajeitada com uma referência à sua passagem pela Clínica da Joana onde ela tem um gabinete mas, eis que, logo depois, a Rita nos anuncia: “Tios, vou-me casar! Ontem, o Miguel pediu-me em casamento!”

Ficamos de boca aberta! Surpresos!... Imaginávamos com as suas palavras iniciais qualquer problema na Clínica e... sai-nos ali, de surpresa, a belíssima notícia do próximo casamento da Rita!

Refeitos da surpresa... – eh! eh! eh! - engolimos o ligeiro susto e rejubilámos com a alegre notícia da nossa Ritinha! Ainda mais, digo eu, da forma como me foi apresentada... Assim mesmo: “ Ontem, o Miguel pediu-me em casamento!”

Há quanto tempo não ouvia uma expressão destas?

Ou será que alguma vez a ouvi - assim uma coisinha destas, "à antiga"... -, confessada pela feliz noiva?

Não! Não! Pensando bem, creio que foi a primeira vez que ouvi, de viva voz, coisa igual!

“Ontem, o Miguel pediu-me em casamento!”

Coisa bonita, nos tempos que correm!...

Que sejas feliz Ritinha!

DIA DE REIS

Temos hoje no calendário o Dia de Reis, dia que em Portugal é de trabalho como tantos outros, enquanto aqui ao lado, em Espanha, é feriado, trocam-se prendas e celebra-se o acto num cerimonial idêntico ou muito parecido ao que aqui vivemos no Natal.

Como outras - o sistema político (Monarquia e República), as comidas e hábitos alimentares e seus horários, a religiosidade crente e muito tradicional dos espanhóis (as procissões católicas que aqui quase não existem, em Espanha são um esplendor!) e até os usos e costumes das roupas tradicionais que nos vestiram tempos atrás... - esta, do Dia de Reis, eis mais uma situação que nos separa muito dos nossos vizinhos.

Parece-me – é minha convicção pessoal – que, ao longo dos séculos, vivendo ontem como hoje paredes-meias com eles, continuamente estivemos e estamos de costas voltadas e, não obstante as fronteiras abertas, a mesma moeda e o passar de cá para lá e de lá para cá, sem dificuldade e quando bem nos apetece, a coisa não se altera.

Sinto que há dos espanhóis para com os portugueses um ar de indiferença e um tratamento a roçar a ignorância e até mesmo alguma insolência pela nossa existência, enquanto de nós para eles existe uma certa hostilidade e pouca amizade e consideração, na conclusão óbvia do nosso velho ditado popular: “De Espanha, nem bom vento nem bom casamento!”.

Não sou, confesso, um apaixonado pela maneira de ser espanhola – e à Catalunha não tenciono voltar, tão antipáticos eles são!... – e desconheço se dali têm vindo bons casamentos para Portugal mas, uma coisa eu sei: Bom vento, principalmente para a pesca no nosso Alentejo, ele não é. Quando sopra do lado de Espanha, até os achigãs se resguardam nas águas profundas das barragens... E... eu não pesco um único!...

Eh! Eh!

Olha para onde a celebração do Dia de Reis me levou?...