sábado, 30 de dezembro de 2006

ENFORCARAM O GAJO!...

O seu destino estava traçado e dele não poderia fugir...

Saddam Hussein teria forçosamente de ser executado.

Aconteceu hoje às 3 da manhã de Portugal, como poderia ser às 4, às 5, ou numa outra qualquer hora de um outro qualquer dia. O gajo teria de ser liquidado, os americanos tinham assim decidido e o tirano estava condenado.

Pronto! E agora?... Como vai ser?... Algo vai mudar naquele imenso vespeiro? Penso que não.
Quem viver vai comprovar que toda aquela terra e toda aquela zona permanecerá em contínua e constante ebulição durante muitos e muitos anos.

Até que um dia, depois de milhares de seres humanos dizimados, finalmente ganhem juizo e se quedam e fiquem em paz.

Mas, até lá, muitos e muitos morrerão de forma violenta. Muitos diriam: É o destino. Eu, prefiro dizer: É o Mundo.

O Mundo...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

INSENSIBILIDADE

Ouvi há pouco nas notícias que no início do ano o preço do pão vai sofrer um aumento de 20 %. Isso mesmo: 20 %!

Não sei quem decide estas coisas mas o que sei é que, certamente, é pessoa insensível.

O pão, como todos bem o sabemos, é o alimento base e por isso o principal componente da alimentação de muitos milhares de portugueses que vivem com imensas dificuldades e, encarece-lo em 20 %, nem dá para acreditar.

Pessoas de idade, com parcas reformas e famílias numerosas e pobres, fazem do pão o seu principal alimento e, a ser verdade esta notícia, passarão a ter ainda maiores dificuldades para subsistirem.

Mas a insensibilidade ou a falta de conhecimento do país que temos por parte dos homens que decidem estas coisas, em contraponto com o aumento dos proveitos dos homens da panificação, cujos lucros, como sabemos, já são bem elevados, levam a isto.

Lamentávelmente.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

O NATAL VISTO DO BRASIL

Hoje volto a referir-me aos meus amigos do Brasil com quem diariamente convivo através desta maravilha da net...

São companheiros excelentes. Gajos porreiros e por isso gente boa!

Há dois anos conheci mesmo pessoalmente alguns no Rio de Janeiro e guardo gratas e inesquecíveis recordações da forma exemplar como fui recebido. Aconteceu até que o Val, - dr. Valcir, médico em S.Paulo - foi mesmo ao Rio para me conhecer pessoalmente. (Coitado!... Como ele deverá ter ficado desiludido...).

Na net diariamente falamos das nossas pescarias (todos somos pescadores), das nossas vidas, até das nossas famílias e também, como é lógico, do mundo que nos cerca, da sociedade em que vivemos.

De uma maneira geral todos os amigos brasucas do grupo são letrados e expressam-se com muita facilidade, desenvoltos na escrita e na fala e com as ideias bem arrumadas. Vejo que são pessoas cultas, muitos com fortes convicções religiosas e todos muito preocupados com o seu semelhante.

Certamente foi por isso que o Oscar, meu velho amigo de S. Paulo, apresentou num dos sites que frequentamos, um excelente texto alusivo ao Natal e que, com o seu assentimento, vou aqui publicar com o maior gosto, exactamente porque ele expressa de forma exemplar o muito que eu também penso da bela quadra que atravessamos.

Com o meu obrigado ao amigão Oscar, deixo o seu excelente texto que, embora extenso, vale bem a pena ler:

O ESPÍRITO DO NATAL NÃO ACABOU
ACABOU FOI A NOSSA PACIÊNCIA, A NOSSA ESPERANÇA!

Esse pra mim é um assunto triste, porque o que vejo acontecendo com as pessoas hoje, sinto em mim já há bastante tempo!
Natal para mim sempre representou congraçamento, despojamento da rigidez de atitudes e pensamentos para buscar, mais uma vez, o entendimento com a família, com o próximo, com o mundo e com a vida. Uma oportunidade que nos damos para rever posições e depois, desarmados, começarmos um novo ciclo.
Acontece nesse mundo cada dia mais maluco em que vivemos, com as sociedades se desconstruindo a cada dia pela danada (falando de Natal não dá pra usar o termo correto) filosofia da produção sempre crescente, da geração de lucros cada vez maiores, do objetivo da acumulação constante sem se importar com o que, quem ou quantos essa postura pode prejudicar.
Vivemos num mundo que cada vez dá menos oportunidade aos nossos filhos e sentimos hoje neles a desesperança. Vemos que as tais oportunidades, antes à disposição de qualquer um que tivesse um mínimo de empenho, hoje se encontram à disposição de muito poucos, para os tantos que somos.
Nós, mais velhos (só um pouco mais), que nos fizemos em outra época, percebemos isso com muita clareza. Nossos filhos, assim como os filhos do mundo, apenas se sentem perplexos e desnorteados, sem vislumbrarem um horizonte de vida e de estabilidade, como nós pudemos fazer.
Vivemos num mundo que, sob a égide do sucesso pessoal, faz com que a solidariedade e o espírito de grupo, inerentes à alma humana, tenham que ser sufocados com vistas à busca da oportunidade individual, inseridos em grupos onde mutuamente se mutilam competindo pela própria chance de sucesso.
Se bem olharmos, poderemos ver que, no mundo de hoje, voltamos ao tempo dos senhores feudais, quando alguns poucos eram donos de todos os meios e a quem ao povo cabia apenas servir e tentar sobreviver fazendo isso. O mundo de hoje está cada vez mais concentrado nas mão de cada vez menos gente, cada vez mais impessoalmente possuído por corporações gigantescas, que o tratam como fonte de produção de seus próprios lucros e onde as pessoas passam cada vez mais a ser entendidas e tratadas como simples meios de produção.
Os homens de hoje, somos todos reflexo do individualismo constantemente pregado e que aos poucos passou a fazer parte da nossa natureza. Fomos ensinados, ao longo de décadas, a nos bastar por nós mesmos, sem nos dar conta que assim nos enfraquecemos, porque passamos a ser apenas indivíduos isolados, facilmente atingíveis, ao invés de integrantes de sociedades coesas que tem como reagir e se auto proteger.
Nos desencantamos com o espírito de Natal porque nos acostumamos a ver que NATAL passou a significar oportunidade de ganho concentrado em curto período, porque passou a ser visto como o tempo de crescimento da produção para alimentar a exacerbação do consumo, que existe pela obrigação do presente em lugar da alegria do abraço.
Nos desencantamos porque vemos que, assim como as sociedades, a célula principal delas, A FAMÍLIA, também está condenada pelos mesmos princípios, com a unidade esgarçada pelo comportamento que a sociedade nos exige e pela desesperança que ela nos impõe.
O espírito de Natal está indo embora com os patriarcas das famílias, que vieram do tempo em que as esperanças eram mais presentes e factíveis e por isso ainda conseguiam aglutinar, com sua alegria legítima, os filhos que já não tinham a mesma felicidade.
Hoje somos apenas os filhos, porque os patriarcas quase todos se foram. Tentamos reproduzir o ritual de outros natais já vividos, mas quase todos já perdemos o espírito que permitia que eles antes acontecessem dentro de cada um de nós.
O nosso espírito de Natal foi derrotado pela ambição que provoca a guerra no Oriente Médio e mantém o bloqueio a Cuba. Nosso espírito de Natal foi sufocado pela briga com o imposto de renda que esvazia o contracheque dos felizes que ainda tem trabalho, mas com o salário achatado pelo trabalho quase escravo na China ou no Paquistão. Foi estrangulado pelos golpes na Previdência, que nos jogaram à mingua porque acreditamos na filosofia dela, mas não a defendemos quando foi assaltada. Foi golpeado pelo mensalão, pela reeleição dos mensaleiros....e pelo aumento que se proporcionaram agora.
Nos desiludimos com o espírito de Natal porque enfrentamos os juros do cheque especial e do cartão de crédito, com a sanha consentida dos bancos sobre nosso espremido saldo bancário. Nosso espírito de Natal foi atingido porque ficamos apenas assistindo e não tivemos coragem de brigar de verdade contra isso tudo.
Nosso espírito de Natal está agonizando pela desesperança que vemos nos olhos dos nossos filhos com pouco futuro, pelo olhar dos pais e das crianças sem qualquer futuro que estão na esquina das nossas casas.
Nosso espírito de Natal está quase morrendo porque estão acabando com aquele mundo que tinha grandes matas onde podíamos buscar nossas árvores de natal.
Nosso espírito de Natal está morrendo, porque o homem, que mesmo sempre tendo sido lobo do homem, pelo menos respeitava a própria matilha. Hoje ele é lobo de cada vizinho, lobo de cada irmão. Lobo até do Espírito de Natal.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

NOVA COLHEITA, NOVA PROVA!

Isso mesmo: Nova colheita, nova prova e… mais que isso, um belíssimo tinto, de novo!

O amigo Manuel, ali bem pertinho de Alenquer, voltou a produzir um excelente tintinho – do qual eu me apressei atempadamente a reservar um “simpático” pipinho. – e hoje fui prová-lo. E, como ele está delicioso!...

Antes da prova foi o almoço de uma cabeça de cherne.

Cozida, - com paciência e cuidado pelo Gilberto - a “gaja”, aqui para nós que ninguém nos ouve, não me agradou muito... Não agradou, não. Valeu então a excelente companhia dos restantes 10 amigos, o saboroso queijo, - delícia de queijo! - o novo e espectacular tintinho e o sempre, sempre muito agradável convívio com aqueles dedicados amigos da zona do Carregado.

Agora o tintinho, saboroso e lindo, ficará ali esperando o frio que este ano vai demorando a aparecer e a manter-se para que se “faça”, para que se “construa”, para que de novo seja a excelente pomada a que estamos habituados.

Hoje, já está muito boa mas, nós que somos apreciadores e sabemos como tudo funciona na construção do bom tintinho, sabemos que o frio é necessário e imprescindível para nos doar a pomadinha que bem apreciamos.

Mas, provei, - provámos! – e fiquei com a plena certeza que de novo teremos ali o nectar que ao longo de 2007 muito nos irá saciar e satisfazer.

Para a posteridade ficam duas fotos da provinha de hoje.

Na primeira, o pipinho que o amigo Manuel classificou como “Victor Internete” (sic.) – muito curiosa esta denominação... – vemos o “gajo” no podium ladeado pelos denominados “José Saches” e “Afonso” e, na segunda, com o amigo Manuel e o seu filho Pedro, brindo, brindamos à prova do nosso novo tintinho!

À nossa! À nossa!!!

Brindo, como é hábito:
PARA QUE AS NOSSAS MULHERES NUNCA FIQUEM VIÚVAS!


terça-feira, 12 de dezembro de 2006

A (IN)JUSTIÇA PORTUGUESA

Já outro dia aqui me manifestei profundamente descrente da justiça portuguesa e, infelizmente, os factos continuam a mostrar que tudo, tudo que cheira a justiça e a tribunais em Portugal cheira a mentira. A coisa que termina enviesada... Adulterada. Aldrabada.

Ontem, dizia mesmo isso a um amigo quando, falando nós nos que vai por aí neste mundo e sub-mundo dos tribunais, dos advogados e das leis portugueses, chegamos à conclusão de um facto indesmentível e infelizmente real no dia-a-dia da justiça portuguesa: Seria suposto os tribunais serem os locais onde sempre ouviríamos a verdade e só a verdade, certo? Pois bem. Os tribunais, hoje em dia, em Portugal, são os locais onde só, só, repito: só ouvimos mentiras, mentiras e mais mentiras.

Os arguidos, as testemunhas e demais outros intervenientes nos processos, só se preocupam em influenciar, induzir e influenciar o pobre do juiz, conduzindo e influenciando o seu pensamento e a sua decisão, nos desejos que pretendem. E, o pobre do juiz – repito: o pobre do juiz – ouve, vê, observa e tem a plena convicção – vê-se na cara do homem - que está a ser “levado” e tem de decidir, optar e condenar pelo que ouve. Pelas mentiras que supostamente ali foram produzidas. Mentiras que ele ouviu e por causa delas terá de decidir.

Na hora em que escrevo vai por aqui grande escândalo com um livro - “Eu, Carolina” - de uma mulher, ex-profissional de um bar de alterne, e depois companheira do presidente e grande senhor do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa e que, depois de viver com ele 6 anos e, segundo diz, ter ficado a conhecer os podres do homem, agora vir para a praça pública denunciar tudo e compremeter não só o ex-companheiro como ainda os diversos títulos que o FCP conquistou.

Assim, o chamado “Apito Dourado”, que a exemplo do também celebre caso “Casa Pia” de pedofilia vergonhosa em que uns quantos senhores pouco a pouco tudo vão anulando e “abafando”, também ia registando umas quantas anulações e “abafanços”, pode agora ser ressuscitado e posto de novo a andar de forma que se faça justiça e se condene quem tem de ser condenado.

O “zé da rua” acha que tudo vai acabar em “águas de bacalhau” e eu, pela descrença que tenho na justiça, sou levado a pensar que assim será. Todavia... todavia quero ainda acreditar que agora a coisa vai mexer e modificar-se... Vamos ver... Vamos aguardar mais um tempinho... E talvez finalmente a verdade nesta terra venha ao de cima e finalmente os tribunais sirvam em Portugal para repor a verdade e a justiça na nossa sociedade!

Não obstante toda a enorme bagunça e pouca vergonha que por aí vai, será que dá para acreditar?...