sexta-feira, 15 de novembro de 2019

DOIS ANOS DE "RECAUCHUTAGEM"!


É verdade que tenho mais um ou outro queixume de, dor aqui, maleita acolá, por via dos dois anos já decorridos sobre o corte dado à figadeira mas, na realidade, pelo que dizem os regulares exames feitos e por nada sentir que me apoquente sobre o caso, não há a mínima dúvida que valeu a pena a melindrosa intervenção sofrida, exactamente faz hoje 2 anos. 

Alertava-me dias antes o sabido e experiente cirurgião que, com mestria e muito saber “trabalhou” o ofendido fígado, que a intervenção não seria “trigo limpo, Farinha Amparo”, na conhecida expressão de que o sucesso da operação não tinha plena garantia de sucesso mas, felizmente, o êxito foi mesmo total.

Quando, pelas 10,30 horas, naquela manhã de 15/11/2017 me levaram para a cirurgia, eu ia plenamente informado do grave mal de que padecia mas, também, porque sempre confiei e confio na ciência e no saber dos homens, ia calmo, bastante calmo, convicto que o bom sucesso aconteceria e ponderando que, se isso não acontecesse, talvez não acordasse mais.

Mas correu tudo bem e, mercê dos muitos conhecimentos da medicina actual e graças às imensas horas de estudos dos homens e mulheres ao longo dos tempos foi possível, apenas com 3 furinhos na minha barriguinha, cortar e retirar o danado do tumor maligno que ameaçava enviar-me mais cedo para o triste e lúgubre “jardim das tabuletas”.

Não foi dessa e um dia será mas, enquanto por cá andar e que seja como até aqui, a coisa valerá a pena e, desta forma, arranjaram-me motivo para, anualmente, em Novembro, festejar o nascimento e… a “recauchutagem”.

Para “ornamentar” esta crónica e ainda que ponha em dúvida o gosto da sua publicação, escolhi mesmo assim uma imagem da barriguinha (?) do rapaz com os 3 furinhos fechados pelos agrafos que os ajudaram a cicatrizar. E, francamente, pouco ou mesmo nada me doeu.

E, como foi possível, apenas com esses furinhos, ver e retirar com pleno sucesso um tumor de 4 cms que teimava crescer e acabar com o seu “hospedeiro”, é coisa que admiro, que me espanta, que agradeço e louvo o saber e o conhecimento de homens e mulheres que me merecem a maior admiração e o mais elevado respeito!

domingo, 3 de novembro de 2019

3/4 DE SÉCULO!


E aí estão os  ¾ de século em cima da carcaça do rapaz! E, para falar com franqueza, quando há cerca de 3 anos começaram a aparecer-me as maleitas e, sobretudo, quando soube do grave problema na peça das iscas, cheguei a temer não atingir esta “simpática” marca… Mas, felizmente, atingi.

Hoje e recordando os anos passados e os dias e meses que voaram, lembrando-me de factos, acontecimentos, alegrias e tristezas vividas, não quero dizer como é hábito que me parece que foi ontem mas, andarei talvez por muito perto se confessar que acho o tempo entretanto decorrido foi muito, muito curto. Muito curto!…

A infância e a juventude no meu Chouto natal, a vida militar com a guerra incluída, a vida profissional muito activa, a família com esposa, filhos e neto, não foi ontem não mas, mas passou muito depressa… 

Dir-me-ão que passaram 6, 7 décadas e que isso já é um tempo considerável mas eu entendo, eu sinto, que foi tudo, tudo muito curto. Caramba, terrivelmente curto!

No festejo deste ano, como o dia 2 correspondia a um sábado e desejando fazê-lo a um almoço e vindo nesse dia da Beira Alta era coisa que não dava muito jeito, optamos por um adiamento de 24 horas e hoje celebramos em família, com um excelente rodízio de carnes num bom restaurante (Chimarrão) do Parque da Nações, em Lisboa, os meus 75 aninhos.

 Foi muito bom, como seria de esperar e, eu, para melhor festejar – sem abusar minimamente!… - saboreei 2 ou 3 cms no fundo de uma taça de um saudoso Borba alentejano. E o tintinho estava divinal!... Todavia, infelizmente, só provei... 

Num gesto que muito me sensibilizou e já perto do final da refeição, juntou-se ao meu grupo para festejar com um cafezinho e um whisky, o meu velho amigo e conterrâneo Armando Jorge de quem já tenho falado aqui no meu blogue em anteriores crónicas, rapaz que animou a nossa reunião, num convívio muito gratificante!

Deixo aí, não só as habituais imagens destes tradicionais festejos com os confraternizantes à mesa e o “obrigatório” registo com o cada vez mais crescido neto Rafael como também uma outra da família no passeio pelo Parque das Nações.

E, pronto! Para o ano quero acreditar que haverá mais…

Só peço “um” de cada vez e, se for no mínimo com a abalada saúde estabilizada como até aqui, tanto melhor!...