domingo, 30 de dezembro de 2007

E... O 2007 "JÁ ERA"...

Não deixa muitas saudades e parece partir sem grande alarido.

2007 vai e nós ficamos esperando por 2008, desejando que seja muito melhor que este ano velho ano seco, tristonho e insolentemente arrogante de ”aperto do cinto” para uma larga maioria e até mesmo de certa fome para uns quantos.

Nesta data tudo e todos fazemos as habituais previsões e não deixamos de ter os nossos anseios desejando sempre que o Novo Ano nos traga saúde, dinheiro e felicidade. O habitual.

Pois. Está bem.

Então que entre o 2008 e que entre muito melhor em termos económico-financeiros e sociais que o 2007 está saindo.

Esta porra está muito complicada para uma larga faixa de portugueses e vemos um governo muito preocupado com essa coisa do déficite e parecendo esquecer que moram aqui no rectângulo uns cidadãos que são gente, que votaram, que colocaram os senhores no poleiro e que necessitam de viver condignamente.

Complicada. Muito complicada, esta coisa.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O NATAL E AS MEMÓRIAS

Hoje, ainda a viver o rescaldo das festas natalícias, um pequeno apontamento para registar a passagem de mais uma celebração natalícia da humanidade em que todas as famílias se reúnem, trocam prendas, convivem e respiram um belo e magnífico espírito de amizade, concórdia e amor entre todos.

Pena que não seja assim todos os dias e todos os anos mas... essa é outra história muito mais complexa e muito mais inverosímil...

Entretanto e no meu caso pessoal, esta data, por razões particulares, está sempre ligada a dois factos muito fortes da minha vida que, forçosamente sempre terei de lembrar nestes dias festivos.

Na verdade e tendo em conta esta noite de Natal de 2007, lembrei-me bem que perfizeram-se exactamente 40 anos que em Angola rebolei e rastejei debaixo de balas na Guerra de Angola, naquele que foi o meu baptismo de fogo naquelas paragens e, ainda e sobretudo, nesta mesma noite, bem me recordei que 29 anos atrás estava, com demais familiares e amigos na Chamusca velando o corpo do meu pai, falecido nesse dia. Depois, no dia de Natal, foi o triste funeral para a sua última morada no cemitério local.

Assim, num indesejável contraste, eis que, sempre, todos os anos pelo Natal celebro e recordo um nascimento, uma guerra e uma morte que, pelas mais diversas razões influenciaram, comandaram e tiveram relevante importância na minha formação e na minha vida como homem.

A vida. A nossa vida, com as muitas alegrias e tristezas que a compõem.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A CIMEIRA E OS DITADORES

Calmo e tranquilo, dormi esta noite nas paz dos anjos, sabendo que 80 chefes de Estado e 1ºs ministros estão aqui, juntinho comigo, neste pequeno rectângulo do Mundo, participando nesta grande e importante Cimeira Europa – África ainda que também saiba que, nesse grupo de mandões dos dois continentes estão alguns ditadores e predadores das gentes e das terras que controlam e dominam com despotismo e pela força.

Ver a forma como estes ditadores e déspotas se protegem na via pública e até nas reuniões fechadas e bem vigiadas, com seguranças aos montes por tudo quanto é sítio, diz bem da forma como eles próprios acham que estão seguros da justiça dos seus actos e das suas atitudes existenciais.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A JUSTIÇA É UMA ANEDOTA ?

Retirei do Correio da Manhã de hoje e não acrescento mais nada. Aí já está tudo.

"O coordenador da Polícia Judiciária do Porto que, no início do mês passado, emitiu um mandado de detenção contra três indivíduos com longo cadastro por diversos crimes está a braços com um processo-crime por prisão ilegal e pode vir a ser acusado de sequestro. Os suspeitos são acusados de sovarem e atarem a um poste um indivíduo que depois tentaram imolar, tendo por fim roubado meia-dúzia de euros.

O caso é justificado por o novo Código de Processo Penal só prever detenções quando se verifica o perigo de fuga, que tem de ser devidamente fundamentado. Caso os arguidos afirmem que se apresentam voluntariamente à justiça, em dia a combinar posteriormente, há magistrados que entendem que as novas regras determinam que devem ser imediatamente soltos. “Uma verdadeira anedota. Perguntamos ao suspeito se ele se apresenta e libertamo-lo. Depois ele foge e somos nós que temos de ir outra vez atrás dele?”, indaga um elemento da Polícia Judiciária, visivelmente indignado com a situação, que está a causar uma verdadeira onda de choque na PJ do Porto.


O caso que pode agora levar o coordenador da PJ ao banco dos réus aconteceu há menos de um mês. A agressão remonta a 2 de Agosto deste ano mas só em Novembro é que os investigadores entenderam ter reunido prova contra os suspeitos, com idades entre os 19 e 23 anos, indiciados por agressões e sequestro.

Segundo o CM apurou, a investigação determinara que os suspeitos amarraram ao tronco de uma árvore um homem de 42 anos, com um colete reflector a arder, e em seguida agrediram-no a soco. Como não bastasse, desferiram pontapés e estalos na vítima indefesa, que teve de se libertar sozinha da árvore onde foi amarrada.

A vítima, que ficou com queimaduras graves nas costas e peito, não apresentou imediatamente queixa. Estava em estado de choque e as marcas psicológicas obrigaram-no a internamento no Hospital Magalhães Lemos, no Porto.

Presentes, durante a tarde, ao Tribunal de Instrução Criminal, os suspeitos acabaram por não ser ouvidos pelo juiz e a magistrada do Ministério Público validou o mandado de detenção da PJ e ordenou que aguardassem o interrogatório na cadeia.

Outro magistrado do MP que, no dia seguinte, devia apresentar os suspeitos ao juiz teve um entendimento diferente. Disse que não lhes foi perguntado se queriam apresentar-se livremente em tribunal, ordenando então a imediata libertação. Paralelamente, elaborou uma participação onde acusou a PJ de prisão ilegal. "

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

PREOCUPAÇÕES...

Os chamados “patrões da noite”, grandes donos das conhecidas e afamadas ”casas de meninas” que, ao longo dos anos têm sido a razão de tantos e tantos casos de má sina e má nota e triste desenlace para tanta gente, parece que resolveram dizimar-se uns aos outros e, um após outro vão caindo “que nem tordos” vítimas de atentados aqui e ali, de madrugada, na via pública, primeiro no Porto e agora também em Lisboa. “Ajuste de contas”, dizem-nos.

Neste de Lisboa, ontem, o crime foi até muito selectivo e profissional: De madrugada, uma bomba debaixo do assento do Mercedes e o sujeito “foi-se”, sem que as suas duas acompanhantes sofressem a mais leve beliscadura. Coisa, dizem, de profissional.

As notícias contam-nos que as autoridades andam preocupadas o que compreendo dado que o caso denota organização e profissionalismo.

Curiosamente, outro tanto não encontro nas preocupações do ”Zé da rua”... Na verdade, eis um tipo de crime que não preocupa o pessoal... Um pouquinho que seja...