domingo, 26 de junho de 2005

NA FEIRA DO CHOUTO



Ontem estive na minha bonita terra natal para, como é habitual viver a sua Feira Anual. Uma Feira Centenária, denominada de S.Pedro mas que agora, como optaram por a colocar no fim-de-semana mais próximo do dia S.Pedro, por vezes calha, como este ano, mesmo encima do S.João...

Está bem e é muito bonita! Bem organizada e sempre muito agradável de frequentar!
Parabéns à Junta de Freguesia do Chouto e à Câmara Municipal da Chamusca que fazem aqui um trabalho exemplar!

Estive ali apenas 4 horas, de tarde, mas deu para festejar e regressar mais animado porque vi e revi velhos amigos de outrora.

Tomei "umas" fresquinhas - saboreando-as com um delicioso chouriço assado! - na companhia do cunhado Gilberto (que me acompanhou na viagem) e do primo Manuel!


Ainda tive tempo para conhecer mais umas miniaturas feitas pelo amigo artesão José Maia - um grande artista nestes trabalhos! - na imagem junto a uma Debulhadora de Arroz que trabalha ás mil maravilhas!


E, enquanto saboreava as deliciosas cervejinhas ainda vi folclore que evoluía ali mesmo na nossa frente e tive a grata satisfação de fixar esta pérola de imagem, da pequenina mascote do Rancho Folclórico da Parreira!

Coisa linda, não?!!!


sábado, 25 de junho de 2005

E, EU USAVA O "CARTÃO"...

Ora então sabemos agora que até há pouco tempo e durante 16 anos (desde 1986 a 2002) e ao abrigo de uma circular de um Chefe do Estado-Maior da GNR, políticos, magistrados, diplomatas, agentes de forças de segurança, podiam fazer o que lhe apetecesse na sua condução auto na estrada (excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas, pisar riscos, etc, etc.), que não eram autuados e, portanto, nada lhes acontecia. A circular do chefe-mor, ilibava tudo e todos e esses senhores eram portugueses de primeiríssima!

Sim senhores! Mais uma!...

Mais uma, para reforçar a estima que nutro pelos políticos da nossa praça, portuguesíssimos de 1ª que podiam “pintar a manta” na estrada absolutamente à vontade, enquanto eu, pobre portuguesito, pequenino e sem benesses, - como tantos milhões!... - sempre tinha de trazer na carteira o meu indispensável (e utilíssimo!...) “Cartão de Reformado da Polícia” que tantas vezes tive de “renovar” porque, cada vez que utilizava "um", lá tinha que substituir por "outro"…

quarta-feira, 22 de junho de 2005

"À BALDA" !

Como já se esperava o director da Estabelecimento Prisional de Coimbra foi afastado e transferido para S. Pedro do Sul, cadeia que conheço – por fora…entenda-se! – e que é muitíssimo mais pequena e eventualmente com presos menos perigosos.

Era fácil brincar com a situação do afastado director dizendo por exemplo que, como há menos presos, menos fugirão com ele ali, mas não vou por aí…

Afinal, possivelmente, o homem talvez até seja o menos culpado das fugas de Coimbra…

É que, por coincidência ou talvez não, alguém duma associação de guardas prisionais veio também declarar que há escassez de pessoal e é preciso admitir com urgência 1000 (mil!) guardas em todo o país!...

Então, depreende-se, estas fugas são mais uma evidente amostra da forma como é administrada a justiça em Portugal.

A justiça, como tantos outros sectores da nossa vida colectiva, anda “à balda”.

segunda-feira, 20 de junho de 2005

ALTA SEGURANÇA !...

Depois de há uns meses, um preso que cumpria o 1º ano ( o 1º ano !!!) de uma pena de 12, na Prisão de Alta Segurança de Coimbra, ter sido autorizado a ir à rua despejar o lixo (???) e ter “batido a sola”, para não mais ser visto, ontem aconteceu que foram só cinco os reclusos (cinco !!!), todos gajos do leste europeu, que optaram por saltar o muro da cerca da cadeia, que tem uma altura de cinco metros e, tendo já no exterior um carro de gama alta à sua espera, nele entraram e foram à vida, ligeiros e felizes !

É capaz de haver uma explicação para tudo isto, mas ela tarda, passadas que são mais de 24 horas em que estes 4 romenos e 1 eslovaco, acusados de assaltos à mão armada a ourivesarias, também deram “asas aos sapatos”.

Entretanto, ouvi que uma agência de viagens está pensando montar escritório junto aos muros da Prisão de Alta Segurança de Coimbra…

terça-feira, 14 de junho de 2005

NA MORTE DE ÁLVARO CUNHAL



Ontem, com 91 anos, morreu Álvaro Cunhal . E, no dia anterior partira o general Vasco Gonçalves. Dois comunistas puros que em 1975 tentaram colocar esta terra debaixo do domínio da URSS e que quase levaram ao desencadear de uma guerra civil em Portugal. Cunhal, com um passado importantíssimo de combate aos regimes de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano, que o fez passar muitos anos da sua vida nas cadeias da PIDE, em que aí se destacou a sua sensacional fuga do Forte de Peniche, nasceu comunista e morreu comunista, demonstrando convicções e vontade muito fortes, pelas quais lutou toda a sua vida. De destacar o importante facto de aí, nas cadeias, se ter formado em Direito, com a importante classificação de 19 valores, num máximo de 20 ! Vendo há anos e de consciência plena o desmoronar de todo o regime da União Soviética, a queda do Muro de Berlim e de todos os regimes de Leste, acredito que deve ter sentido uma particular dor e um grande sofrimento, uma vez que sempre acreditou naqueles sistemas políticos onde aliás viveu muitos anos e que por isso bem conhecia. Conhecia aquela miséria e desejava-a para a sua terra ? Coisa que me parece contraditória e que, confesso, não entendo bem… O seu passado antes do 25 de Abril foi valiosíssimo na luta contra a ditadura mas outro tanto já não poderei dizer após essa data onde, a vingar as suas ideias, com toda a certeza, não poderia estar aqui a escrever que discordei e discordo das políticas ideais que nos apontava como exemplares. Para além disso, o que se passou em 1975, em que Cunhal teve um importante papel e que acompanhei e vivi intensamente e em que a guerra civil esteve mesmo, mesmo à porta de todos nós, nunca teve, nem tem a minha aprovação. Isso não obsta a que reconheça ao homem Cunhal a sua coerência e a sua verticalidade, admirada e louvada por uns e criticada e vilipendiada por outros. 

segunda-feira, 6 de junho de 2005

QUANDO O AMOLADOR AMOLA...


Aprestava-me para sair quando ouvi o característico e conhecido toque de piíaro do amolador…

Um amolador? Oh, que beleza! E que coisa tão rara nos nossos dias !... Não hesitei. Há muito que a navalhinha do queijo necessitava de ser afiada para que os cortes saíssem mais a gosto, de fatias bem fininhas... Peguei-a e desci a escada correndo, não fosse o nosso homem embora.

Pareceu satisfeito por ter um cliente e instalou a improvisada “indústria”. A pobre bicicleta fica apoiada numa estrutura de quatro pés no solo e, aí está ele montado no veículo dando ao pedal que, ligado pela corrente à roda de trás e esta por sua vez ligada por uma correia à roda afiadora montada à sua frente, no quadro da bicicleta, proporciona uma imagem pitoresca e cada vez mais inusitada. Sempre à cata de cenas patuscas e invulgares, logo pensei em registar o acontecimento. E, se bem pensei, melhor o fiz:...

Tenho ali em casa mais umas facas da cozinha… – lembro…
- Vá buscá-las que eu espero. -diz-me.

Não hesito. Regresso a casa já com ela fisgada… Pego em três facas mas também na máquina fotográfica…
- Posso tirar-lhe uma fotografia? – pergunto, cortês.
- Pode. – responde de imediato.

Disparo a máquina duas ou três vezes perante os olhares gozões do merceeiro e do talhante e, agora, vejo que as fotos, de pouco vulgares, até um dia poderão merecer a aprovação dos vindouros… Amolador de rua é coisa já muito rara e, com toda a certeza, mais ano, menos ano, desaparece mesmo.

Voltemos ao nosso homem: O trabalhinho está quase pronto e o artista é de poucas falas…
- O senhor é aqui de perto? – pergunto, curioso.
- Não. Sou do Barreiro.
- Ehhh !!!... Do Barreiro para aqui, de bicicleta? – minha ingénua interrogação.
- Não. Trago-a na carrinha. Venho de carrinha.
Ora toma que é para não seres nabo e curioso!...

Quinze minutos decorridos. Trabalho executado. O cliente anjinho quer saber:
- Muito bem! Quanto devo?
- São quinze euros! – responde-me de imediato.

Três facas e uma navalha?...Quinze minutos... Meio incrédulo, não obstante, não vacilo. Puxo dos quinze euros e pago ao nosso amolador.

Ele segue, todo feliz, tocando o pífaro e eu fico pensando:
Há dias em que um amolador, amola mesmo…

Ou será que me cobrou a imagem, pelas fotos?...

domingo, 5 de junho de 2005

HOMENAGEM


Entendendo que os meus familiares mais chegados, amantes do Benfica, que durante uma dezena de anos foram vítimas das minhas provocações mereciam ser ressarcidos dessas inconveniências que lhes fui provocando, decidi fazer-lhes uma pequena homenagem, agora que o seu clube foi Campeão Nacional de Futebol.

Em boa verdade – não obstante dois e uma (!) deles, serem um pouco mais “doentes”… ihihih !!!...- esses meus amigos até têm “encaixado” bem as minhas brincadeiras e a provocação da decoração da minha adega ! ihihih !!!...-, mas temos de aceitar que, aturar onze anos as “picadas” deste melga, também requereu da sua parte muita paciência e forte dose de boa vontade e muita amizade.

Assim, pensando nisso, resolvi retribuir, com uma pequena homenagem. Pequena homenagem que deu muito trabalhinho…Sim! Eles que tenham isto em conta: Deu muito trabalhinho, ouviram ? Mas, foi de boa vontade e com prazer, garanto !

Então, peguei numa foto da equipa do Benfica e substitui as tolas dos jogadores pelas cabecinhas dos meus familiares e resultou uma montagem curiosa e algo hilariante, creio eu.

Já a coloquei no site e agora deixo-a aqui, esperando agradar-lhes com esta singela homenagem que servirá para creditar na minha conta corrente de débitos de provocações clubísticas. Mas, olhem bem: A conta continuará aberta e…

A brincadeira vai continuar ! Se vocês não se importarem muito… 

NOVA MORADA

Pronto ! Ora aqui estou com o meu Blogue na minha nova casa.

Há dois anos que vinha ocupando o outro espaço brasuca mas, na verdade, ultimamente, a coisa não vinha funcionando a contento… Nesse período, por duas vezes tive de repor umas quantas fotos ali inseridas e, agora, retiraram de novo do ar as imagens já ali publicadas e só nos mostram as clássicas cruzinhas vermelhas… Aos meus pedidos de esclarecimento, os amigos brasucas não respondem e, depois de esperar umas quantas semanas, resolvi mudar a mobília para esta nova residência.

Veremos se é melhor – assim o espero… - e se posso aqui habitar pelo menos por outro igual período. Já não seria mau…

Inquilino que não paga renda, terá de se sujeitar… eheheh !!!...

Entretanto, progressivamente e nestes próximas dias, equiparei este espaço com uns quantos elementos (links, contador, calendário, histórico, etc.) que aqui faltam para que o Blogue fique tanto ao meu gosto como dos que fazem o favor de me visitar.