segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O INÁBIL CAVACO


Depois de toda a trapalhada das alegadas escutas do Governo de Sócrates - o “partido do governo “ nas suas palavras – da incompreensível apatia com que deixou em “banho maria” esse caso levantado por um seu assessor de muitos anos e que agora demitiu ou desviou do seu posto - também ninguém percebeu… - e depois da incrível “comunicação à imprensa” da passada terça-feira em que se colocou na posição de um comentador político de forma inimaginável e que muitos até tiveram pudor em comentar, Cavaco Silva faltou hoje ás comemorações do 99º aniversário da Implantação da República porque, segundo foi tornado público, não querer intervir nas campanha eleitoral autárquica em curso.

Optou então por produzir um pequeno discurso de circunstância em Belém, enquanto o 1º ministro, o presidente da Câmara de Lisboa e as demais entidades do costume estiveram nos Paços do Concelho de Lisboa como é de tradição já que foi ali que foi proclamada a República.

E é assim, desta forma inábil, acho eu, que Cavaco continua a exercer o seu cargo de Presidente da República.

Enquanto uns dizem já á boca cheia e escrevem com todas as letras que Cavaco Silva não está preparado para executar o seu mandato, outros insinuam que o presidente ou alguém por ele, faz intriga política e entra em campos pantanosos e nada próprias de uma instituição que deveria estar equidistante e longe, muito longe da luta partidária sendo garante da independência e do bom uso da democracia, eu prefiro dizer que Cavaco é inábil, muito inábil!

O seu comportamento no caso das faladas escutas e a sua patética comunicação da passada terça-feira em que mais parecia um mau comentador político trocando os pés pelas mãos e em que em vez de “pôr água da fervura” antes “deitou gasolina na fogueira” e, agora, este afastamento das comemorações do 5 de Outubro, como uma justificação sem pés nem cabeça, quando deveria aproximar-se mais das forças políticas e fazer esquecer guerrilhas histéricas e prejudiciais ao país, não auguram nada de bom para o futuro desempenho do seu mandato.

A continuar assim, embrulhado, confuso e inábil, este Presidente da República terá a sua eventual reeleição muito comprometida…

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