quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A ESCOLHA DE MARCELO

Como seria previsível, depois das derrotas eleitorais o PSD entrou em convulsão e, daí à guerra pela sucessão na sua chefia, foi um curtíssimo passo.

Estamos então nessa fase com a realização hoje do seu Conselho Nacional para ponderarem e analisarem a situação.

Marcelo Rebelo de Sousa era à partida a figura melhor colocada para suceder a Manuela Ferreira Leite mas, depois de uns dias de ponderação comunicou ontem que não avança porque, segundo ele, não encontrou uma motivação de unidade no partido que justifique a sua candidatura.

Terá certamente a sua razão mas, em boa verdade, segundo a minha análise, o professor mais não fez que a escolha que mais acertada lhe pareceu porque, ele uma escolha teria de fazer...

Na verdade, o grande objectivo político de Marcelo, a sua grande e importante ambição, é alcançar a Presidência da República e por isso teria de ponderar e pesar bem as situações…

Marcelo entendeu então que avançar para a cadeira do PSD, que até lhe poderia a curto prazo valer o cadeirão de S. Bento, acarretaria uma excedente trabalheira talvez importante mas também talvez evitável e, por isso. optou por se constituir como uma “reserva da direita” para uma próxima candidatura a Belém.

Candidate-se ou não Cavaco a um próximo mandato, Marcelo acha que ele será eventualmente a próxima e derradeira escolha da sua área política para lhe suceder e não estará porventura muito fora da razão... se não olvidar que, nessa data, terá um fortíssimo concorrente ao mesmo cadeirão do Palácio de Belém… Durão Barroso, terminado o seu posto como Presidente do Conselho da Europa regressará e, aí…

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