terça-feira, 28 de novembro de 2017

"MAUS FÍGADOS" - RECAUCHUTAGEM - DIAS 13 E 14


A ALIMENTAÇÃO, AS INSTALAÇÕES E OS SERVIÇOS


Destes dois dias sem escrever dois episódios mais significativos para a aqui registar:

O primeiro respeita à alergia que sofri e que foi apontada – e bem! – para a troca aqui feita de um medicamento original que tomava em casa por genérico idêntico, de que aqui já dei conta.

Naquela hora fora decidido levarem-me aos Hospital dos Capuchos para ali ser observado na dermatologia. Uma incongruência, parece-me, mas são coisas do nosso país…. Nesse dia (sexta) tinhamos greve do pessoal auxiliar e a ambulância tardou e nunca chegou mesmo e, como entretanto fui observado pelo meu cirurgião, ele logo detectou o motivo da maleita e de imediato comecei a ser medicado no sentido de a debelar. Quanto à dermatologia fui informado que, ao inverso do antes programado, era a dermatologia que viria ver-me.

Veio então ontem uma senhora médica visitar-me. Fez a sua análise à situação e deu o seu veredicto: não tinha sido alérgico ao apontado medicamento. Segundo ela, se fui àquele, também seria aos restantes… Incrível, mas foi o que a senhora opinou e, eu, fiquei de boca aberta… Disse que ia consultar o meu processo e depois me diria… Passadas mais de 24 horas ainda a aguardo…
 Ainda bem que houve a tal greve e não a consultei naquela sexta… Receitar-me-ia uma qualquer pomada e ainda hoje me coçaria…
 O episódio ocorrido hoje é algo diferente:

Tive a visita duma nutricionista que, entre outras recomendações, aconselhou-me a beber menos água. Segundo ela tem a ver com o facto do organismo reter muito os líquidos e, dessa forma, evitar ou minorar isso mesmo.  Pareceu-me acertado. 

Mas, deste conselho nasce-me um grave problema que não sei como resolver: os médicos mandam beber muita água e, esta senhora, manda reduzir o consumo… Como solucionar isto? Danado de dilema!...

E, feita a narração destes dois episódios, passo a abordar o que dá razão ao sub-título desta crónica:

Primeiro a alimentação que, aqui, considero excelente, tendo em conta que estamos num... hospital! Muito boa, mesmo! 

Diversificada, bem confeccionada e de boa apresentação. Deixo aí umas fotos para o documentar.

Os serviços prestados pelos mais diversos sectores são muito bons e creio que por profissionais muito competentes e nada tenho a apontar em seu desabono e, as instalações deste edifício que terá porventura pouco mais de uma dezena de anos de construção são boas, funcionais e a higiene é completa. Temos todavia um senão que são as salas de banhos: com umas bases de chuveiro de alumínio liso, sem qualquer antiderrapante, interrogo-me como foi possível aprovar tal instalação? Como? 

Então, que fazer para ali tomar duche sem correr o grave risco de escorregar e cair?
Como? Num desenrasco, bem à portuguesa, usam-se os dois lençóis que saem da cama para a refazer e, enquanto um vai para o fundo da base, o outro fica de fora para não colocarmos os pés no mosaico frio.

E interrogo-me: aprovada que foi erradamente a instalação daquelas bases, será que acarretaria muita despesa mudá-las? 

Mas o portuga, como sempre, desenrasca-se…
 Entretanto, se um dia destes dias algum doente escorregar, cair e que se parta todo, trata-se e… espera que cure.

Se para isso tiver concerto…

2 comentários:

Rovato disse...

Olá Victor.

Estou a ler as tuas aventuras hospitalares, espero que estejas em franca recuperação e te safes daí o mais depressa possível. Eu também passei por esses ambientes já por duas vezes, uma em 2015 quando fui operado à coluna e este ano com duas operações a hérnias. No entanto em ambos os casos não permaneci mais que dois dias e correu tudo bem, felizmente.
Tens que ter paciência e espero que a recauchutagem, fique bem feita.
Parabéns pelo teu blogue.
Forte abraço.
Antero Bento

Victor Azevedo disse...

Muito obrigado, caro Antero!
Obrigado pelo comentário e pelo seu conteúdo!
Vai passando, tá?
Um forte Abreço!