Escrevi e deixei mesmo aqui a ternurenta imagem do frágil ninho da Milhariça, feito no interior de um cedro que veda o recinto da piscina. Isso ocorreu há 12 dias e, ontem, aqui chegado, das primeiras iniciativas que tive foi ir verificar como se encontravam os pequeninos filhotes da ave.
Ali chegado e afastadas ligeiramente que foram as hastes do cedro, deparou-se-me um ninho, bem cheio, com os quatros pequeninos e dependentes passaritos, muito calmos, nada agitados, como se já aguardassem pela minha chegada...
Já levava a máquina fotográfica e não me foi nada difícil captar a sua linda e ternurenta figura. Ficou bonita a foto e logo a publiquei no Fotolog que, de imediato, começou a receber comentários elogiosos e gratificantes.
E, veja-se, veja-se como a cena era bonita e cativante:
Deixo mais uma foto para melhor ilustrar as minhas palavras de surpresa, espanto e tristeza:
Depois de vermos este dramático espectáculo e perante a interrogação sobre as origens do ocorrido, uma suposição – que é quase certeza – nasceu no nosso espírito e que, quero acreditar, está na razão do ocorrido: Os pássaros já estavam crescidos e já piavam; o ninho estava a cerca de metro e meio do solo e, embora estivesse bem dissimulado no interior do cedro, supomos que algum gato detectou a sua existência... Depois, foi só ir trepando pelo interior do arbusto e, chegado perto do ninho, foi o ataque às frágeis e indefesas crias da Milhariça que foram assim devoradas pelo predador gato.
Sabemos que é a Natureza com as suas leis mas a verdade é que choca a situação, porque triste e dramática. Afinal, já tínhamos criado alguma afectividade com os passarinhos e, de repente, de chofre, encontramos a sua morte e a sua extinção.
Afinal, medito agora, pensando nas muitas guerras e destruições criadas pelos seres humanos - que são racionais, é bom frisar!... - eles acabam por ser iguaisinhos, iguaisinhos aos irracionais...
Que nem gatos assassinos, em ninho de frágeis filhotes de Milhariça...
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