quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

SIDA - O DRAMA E A HIPÓCRISIA...

Vive-se hoje o Dia Mundial de Luta Contra a Sida e naturalmente aqui em Portugal – parece que o país europeu onde essa verdadeira epidemia mais tem evoluído ! – também muito foi comentada a data nos diversos meios de comunicação social com destacadas notícias sobre o dramático avanço deste enorme flagelo.

Dizem-nos que temos muitos milhares de infectados e, por incrível que pareça, o número sempre vai aumentando não obstante os avisos e as preocupações das autoridades sanitárias.

Também em todo o Mundo a situação é alarmante, com a soma dos atingidos sendo cada dia mais elevada, perante as angústias, as preocupações e os alarmes das entidades sempre, sempre mais aflitas. São milhões (falam-nos de 4 milhões os que todos os anos já morrem “apanhados” pelo flagelo !) e, com relevância para África, para a América Latina e, sobretudo para o imenso Brasil, o drama está a atingir proporções gigantescas e dramáticas !

Perante tudo isto e não obstante o sempre contínuo e cada vez maior alarmismo das entidades sanitárias mundiais, tenho de aqui verberar a atitude absolutamente hipócrita e até criminosa da Igreja Católica que, sediada no Vaticano e verdadeiramente cega e surda, perante tudo o que acontece no mundo e sobretudo em zonas onde tem milhões de fiéis e seguidores dos seus ideais, se mantém estupidamente irredutível na sua posição de condenação ao uso do preservativo, quando sabemos que é o único e eficaz método que o mundo conhece de prevenção.

Bastava uma palavra da Igreja Católica para que a situação se pudesse alterar e, seguramente, muitos milhares, se não milhões de seres, passassem a usar o preservativo e assim evitassem o contágio.

A posição do Vaticano é hipócrita porque, ao mesmo tempo que condena o preservativo, convida os seus fiéis á oração pelas vitimas e também criminosa porque, conhecendo e podendo aconselhar milhões de seus seguidores em todo o globo não o faz, agarrada a conceitos absolutamente retrogradas e inadmissíveis nos dias e nos tempos que vivemos.

Até quando ? É a pergunta que deixo...

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