José Saramago morreu ontem em Lazarote (Espanha) e hoje o seu cadáver , a sua pessoa e a sua importante figura, já está a receber as homenagens dos lisboetas e portugueses na Câmara de Lisboa.

Não era propriamente um grande seguidor de Saramago enquanto homem político e antes até fui e sou um critico da sua actuação política em vida. Não esqueço que ele conhecia pessoalmente - conhecia pessoalmente!... - e defendia um regime totalitário como o da URSS e tudo calou enquanto pode, não divulgando o que por ali ia... Não esqueço os muitos saneamentos que fez em 1975 no “ Diário de Notícias”, pondo na rua muitos jornalistas e trabalhadores, unicamente porque não alinhavam com as suas ideias políticas. Isto é verdade e não tem volta a dar a ela.
Entretanto e em abono da verdade, tenho de reconhecer que Saramago fez nos últimos anos um recuo e até em termos muito corajosos, como foi o caso do seu afastamento do regime totalitário de Fidel de Castro e isto depois de quase lhe jurar fidelidade eterna e, francamente, aí, não obstante o tardio da sua posição, surpreendeu-me …
O Nobel Saramago morreu mas a sua obra fica, sendo um património valioso para Portugal !
1 comentário:
Azevedo,
Creio que o legado deixado por Saramago não seja exclusivo de Portugal, visto que, sua obra atravessou fronteiras e se internacionalizou. Contudo, se na literatura notabilizou-se pela grandiosidade de seu talento, as suas incursões políticas foram um desastre.
abraços,
Roberto Menks
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