domingo, 27 de junho de 2010

NO CHOUTO, UM GRATIFICANTE DIA!


Bastante agradável e sobretudo muito gratificante o meu dia de ontem no Chouto durante a Feira de S. Pedro que sempre reúne anualmente os seus naturais e amigos!

O principal objectivo tinha a ver com a realização do II Encontro dos Amigos do Chouto, reunião que juntou meia centena de choutenses e amigos da terra, que decorreu muito amigável entre todos mas que terminou, quanto a mim de forma algo insossa o que foi pena mas, onde se destacou sobremaneira a surpreendente e muito agradável oferta a todos os participantes de um “crachá” bonito e original, com o desenho da mascote do grupo, que os participantes logo se apressaram a fixar junto ao peito, orgulhosos e agradecidos!

Apreciei muito esta feliz e surpreendente iniciativa dos amigos Isabel Veloso e esposo Adelino Veloso, criada, custeada e trazida da Alemanha pelos próprios e vi como muitos participantes orgulhosamente a ostentavam durante a tarde e noite no recinto da Feira de S. Pedro! Deixo aí uma imagem do bonito “crachá” em boa hora criado pelos amigos Isabel e Adelino.

Para além do belo convívio e da excelente confraternização este brinde foi o que sobressaiu do II Encontro dos Amigos do Chouto já que o seu final, como disse, pareceu-me algo “deslavado”… Surpreendentemente “deslavado”!

Mas estavam-me reservadas para o final da tarde umas quantas surpresas neste dia que acabou por ser muito gratificante…

Foi assim que ás tantas fui abordado por um forasteiro, para mim de momento totalmente desconhecido que, começou por me interpelar: “sr. Victor Azevedo? Quero confessar-lhe quando estimo conhece-lo como filho do sr. José Azevedo, pessoa que eu e minha família muito admirávamos e estimávamos porque ele há muitos anos tratou e salvou a minha irmã que sofria de cancro do esófago! Chamo-me Joaquim do Vale e moro na Azinhaga. Não podendo fazê-lo a seu pai, quero abraçá-lo como agradecimento e reconhecimento do muito que lhe ficamos a dever!”

Confesso que caí das nuvens!... Não tenho na memória a situação desse tratamento propriamente dito por ser muito novo mas recordo-me do meu pai falar da história e dizer quanto de complicado e difícil foi fazer aquele tratamento (lembro-me que ele contava que cada vez que lhe mudava o penso no pescoço, pegava-lhe na cabeça sempre com o maior cuidado porque tinha a sensação e temia que… a cabeça se separasse do corpo!...) e recordo-me sobretudo do ocorrido passados uns vinte anos depois - coisa de meados dos anos 60… - quando fomos ao casamento da irmã deste amigo, depois do pai surgir no Chouto para convidar o meu pai e família para o seu casamento. Lembro-me que o meu pai ficou surpreendido com o convite, ao que Joaquim do Vale – era este também o nome do pai da jovem – respondeu: “o sr. José, quando eu dizia que ela ia morrer , o senhor dizia: “Morre agora!?... Eu ainda hei-de ir ao casamento dela!” e eu aqui estou a convidá-lo para o casamento e a fazer questão que vão!”

Fomos então ao casamento ocorrido na igreja do Pombalinho e lembro-me até que encontrei ali o padre mais mal educado da minha vida! Em termos agrestes – muito agrestes! – ralhou com a noiva – a infeliz moça até naquela hora feliz sofreu!... – porque ela levava luvas calçadas… Isso: foi admoestada desabrida e mal-educadamente por... calçar luvas brancas na cerimónia…

Mas, voltando ao meu bonito encontro de ontem e a esta história linda e com final tão feliz: o sr. Joaquim do Vale, informando-me que a irmã ao longo da vida fez várias operações plásticas e eu sabia que ela tinha ficado com cara e pescoço com forte cicatriz (Sei até – mais uma história curiosa, contado pelo pai na hora do convite! – que ela rejeitou um 1º namorado porque ele tinha roubado uma carteira e como a família dele dizia que antes queria que ele desse em ladrão que casasse com rapariga tão defeituosa…) faz questão que eu e minha família visitemos a sua casa na Azinhaga e a da irmã onde deseja oferecer-nos, veja-se, uma caldeirada de enguias!

Claro que lá estaremos! Lá estaremos, garanti-lhe por entre surpreendido e agradecido pela sua gentileza, deixando aí o registo fotográfico do nosso belíssimo encontro!


Mas as surpresas da tarde e noite de ontem não ficaram por este episódio…

Fui ainda abordado pela amiga Maria José Jorge (irmã do velho amigo Armando Jorge que há muitos anos não vejo…) e seu esposo Abílio, comerciantes na Chamusca e amigos de meninice e com que recordamos tantos e tantos casos da vida de outros tempos e, por fim, para grande e maior surpresa, eis que me surgem os velhos e dedicados amigos de sempre Fernando Barreto (meu 1º chefe de escritório e actual Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Chamusca) e sua esposa Gracinda Barreto que, numa dedicação que muito me sensibiliza, me procuravam, confessaram!

Fortes e francos abraços trocamos, muito conversamos e recordamos em diálogos que avançaram pela noite dentro, incluindo um agradável jantar de frango assado que eles regaram com refrigerantes e, eu não tanto, porque utilizei o tradicional tintinho!

Mas o encontro com estes dedicados amigos Fernando Barreto e Gracinda não ficou por aqui e novo convívio já ficou programado. Dessa vez nas mais distantes paragens da Beira Alta quando os amigos estiverem nas Termas e eu… a banhos dos líquidos locais!...

Deixo por fim a foto que testemunha o meu encontro com Abílio, Maria José, Gracinda e Fernando Barreto e eis, embora com extenso razoado, a belíssima e gratificante história do meu dia de ontem no Chouto onde fui tão agradavelmente surpreendido por estes amigos que tiveram o condão de tornar o meu dia e a minha vida mais feliz! Obrigado a eles!


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