sexta-feira, 18 de junho de 2010

"EM PARAFUSO"...


Quando um cidadão tão preocupado quanto assustado pensa de dia e a toda a hora e sonha de noite, sem que o sono o apoquente, sempre, sempre nas dificuldades, nas necessidades e nos milhares - Nos milhares! Sempre nos milhares precisos!... - para fazer face aos compromissos e, assustado, com a “cabeça em parafuso”, sente que na fase actual da economia e das finanças o caminho está difícil, quase inultrapassável e, parecendo mesmo inviável, não consegue dormir, ou dorme a horas desadequadas e, de manhã levantando-se para iniciar um novo dia de labuta, canseiras e preocupações dirigindo-se ao posto de abastecimento de combustíveis para comprar gasóleo para o “burro”, com a chegada do rapaz da bomba e à sua pergunta “quanto?”, com a cabeça embrulhada nos milhares lhe responde convicto “30 mil euros!”, que pensar?



Que pensar desta cabeça? Que pensar deste cidadão?

E, perante o ar de espanto do rapaz, o cidadão “acorda”, pede desculpa e rectifica: “Desculpe: 30 euros!”, que pensar da cabeça deste homem?

Louco? A necessitar de descanso? Com a cabeça na Lua?

Uma só hipótese? Várias? Ou todas elas associadas?

Dá que pensar…

Aconteceu hoje, pelas 8 da manhã, num posto de abastecimento de combustíveis, algures em Portugal, aqui, nesta Europa envolta em profunda crise económico/financeira que não vê o fim.

O cidadão, subscritor deste arrazoado, foi o protagonista…

1 comentário:

Anónimo disse...

Azevedo,

Se lhe servir de consolo, ao menos de médio porte, lhe digo que com teu amigo cá também às vezes ocorrem fatos dessa natureza que até parecem distúrbios da idade, mas é realmente uma dose infinda de preocupantes problemas do dia a dia. Falta de um bom tempo à margem de um rio sob as copas das árvores das florestas ou uma praia bem servida de sossego e paz. Talvez estejamos dando excessiva importância às coisas não tão importante e deixando-nos em segundo plano.

grande abraço.

Roberto Menks