terça-feira, 1 de setembro de 2009

ELEIÇÕES - MAIS DO MESMO...

E aí temos meus amigos o grande e tradicional circo montado: As Eleições Legislativas do fim do mês aproximam-se e, eles, os nosso grandes artistas do circo político tomam posição e iniciam a sua actuação! Há que preparar o estrado para os poleiros futuros ou, se quisermos, arear os tachos para a comidinha que vai aprontar-se…

Primeiro foram os Programas de Governo e agora preparamo-nos para os aturar a prometerem este mundo e o outro, em propaganda de rua, jardins, praças, mercados, feiras e, naturalmente, nos jornais, na rádio, na tv e cada vez mais aqui na net. Mas, aqui, por enquanto estamos protegidos… Só os lemos e ouvimos se queremos. Por enquanto… Um dia destes eles descobrem a maneira de nos invadirem, mesmo sem querermos, aqui, nesta geringonça do PC.

Teremos pois este conturbado e habitual mês de propaganda eleitoral com tudo e todos a prometerem “este mundo e o outro”, a venderem a sua “banha da cobra” ao bom estilo das nossas velhas e tradicionais feiras da província e, uns dias depois, passada a febre e eleito o novo governo, a cena habitual: O gajo – ou gaja… - que ganhar o poleiro a lamentar-se da merda de herança que encontrou - isto se for o PSD que ganhe… - e, no caso da manutenção de Socrates, do PS, no cadeirão, na escassa maioria que lhe deram e o lamento que, assim, vai ser muito difícil fazer alguma coisa…

Sinto a realidade, vejo o filme – revejo a tela de outras datas… - e, aqui estou, resignado, triste e revoltado com esta indefesa, adulterada e triste democracia que, logo depois de Abril de 1974 a mim e a tantos outros tanto fez trabalhar, lutar e sonhar e, agora, vendo o triste espectáculo que temos pela frente, tanto me entristece e revolta…

Os homens e mulheres sabedores e cultos afastaram-se desiludidos, procurando melhores oportunidades noutras paragens ou aposentando-se no aconchego dos seus lares e ficou-nos, para nos (dês)governar uns quantos sujeitos que se agruparam nos partidos e que se foram orientando uns com os outros em panelinhas e tachos para proveito próprios e de que os muitos inquéritos e processos judiciais inconsequentes e as muitas e muitas prateleiras douradas, criadas aqui e no estrangeiro para os arrumar, são um bom e elucidativo exemplo, perante a cada vez mais e maior dificuldade das gentes e do povo em viver e, nalguns casos, até de sobreviver…

Lembro-me que, logo depois do 25 de Abril de 74, o meu pai me dizia: “Vais ver que, um dia, isto tudo ainda vai voltar a ser com antigamente…” E não é que tinha razão? Na verdade, se no anterior regime tínhamos os “padrinhos” e os “afilhados” agora temos os “filiados” nos partidos do governo e os “não filiados”...

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