segunda-feira, 15 de outubro de 2018

HÁ UM ANO, A GRANDE AFLIÇÃO...


Aqui há distância, a 300 kms daquele inferno, foi uma noite em claro de sofrimento e de ansiedade ainda maior por não vermos e sentirmos in-loco tamanho drama e a aflição foi muito, muito grande. E enquanto não nasceu o dia 16 de Outubro e a claridade não surgiu para que os presentes no local pudessem avaliar os estragos e nos transmitissem essas notícias, foi uma angustia imensa.

Felizmente, aparte a destruição pelas chamas de uma casa desabitada e abandonada, nada mais de significativo a aldeia sofreu mas isto graças aos meia dúzia de corajosos rapazes seus habitantes que enfrentaram o perigo e corajosamente conseguiram conter as chamas até à beirinha do povoado, tendo em alguns casos o fogo beijado algumas habitações localizadas nos extremos da aldeia.

Mas não deu para o imenso susto e se nos lembrarmos que ali pertinho, na Serra do Caramulo, talvez a menos de 3 ou 4 kms em linha recta, arderam povoados inteiros e morreram vários dos seus habitantes e, a pouco menos de uma dezena de kms, ardeu quase toda a grande zona industrial de Oliveira de Frades, com prejuízos incalculáveis, temos de sentir um grande alívio pelas menores consequências que sentimos nesta terrível tragédia.

Passado um ano a Natureza já renovou um pouquinho os montes e vales silvestres e os terrenos cultiváveis mas irá demorar dezenas de anos até que tudo volte à beleza natural da zona que antes da tragédia estas terras apresentavam.

Enfim, deixo a foto aqui publicada faz agora um ano tirada de uma povoação vizinha em frente de Crescido com a legenda no Facebook “Crescido a arder” e não me apetece recordar mais tamanha ansiedade, tamanha dor e tamanho sofrimento daquelas horas.

E que tão terrível inferno jamais se repita!...

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