Era dia de festa – de grande festa! – e “todo o mundo” se juntava à porta da secretaria, onde o grande saco azul escuro era aberto, cada qual aguardando com viva ansiedade ouvir chamar pelo seu nome uma, duas, três e mais vezes para receber outras tantas cartinhas ou os aerogramas (“bate-estradas”, como lhes chamávamos) com notícias dos ente queridos no tão distante “puto”, como era então denominado pela tropa o pequeno rectângulo português na Europa.


Sem proveito e sem utilidade…
E eu voltei… E estou aqui para contar. Outros, infelizmente, não…
(Na 1ª foto, de minha autoria, vemos o pequenino aeroplano que naquele dia nos deixava o correio (o saco, levado na direcção da secretaria, segue aí à esquerda ás costas de um militar) e, na 2ª foto, deixo a imagem dos então famosos aerogramas, um excelente meio de comunicação que o governo criou na altura para que os militares e seus familiares comunicassem por escrito sem despesas. Os aerogramas eram distribuídos gratuitamente e seguiam sem custos.)
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