quarta-feira, 13 de março de 2013

MEU PAI FARIA 98 ANOS!


Meu pai se fosse vivo completaria hoje 98 anos de idade! O seu nascimento ocorreu a 13 de Março de 1915, em pleno período revolucionário de pós a Implantação da República em 1910!

Revolucionário era coisa que ele não era, dado que era de certa forma um conservador e muito avesso a mudanças e alterações no seu dia-a-dia e na sua vida, não obstante as muitas adaptações profissionais a que teve de se sujeitar por forças das circunstâncias para ganhar o pão de cada dia.

Foi carpinteiro, comerciante, salsicheiro, produtor avícola, vendedor de electrodomésticos, enfermeiro, cobrador… Sei lado o que José Azevedo fez para ganhar a vida e criar os filhos com honradez e hombridade!...

Devo dizer, todavia, por ser da mais elementar justiça, que era um homem absolutamente integro, honrado e estimado e também e sobretudo um dedicado amigo do seu amigo! Esta faceta de ser muito amigo do seu amigo é talvez uma das mais salientes que lhe recordo e que enalteço!

Sei de uma situação em que um padre amigo, atolado em dívidas por força da construção de uma nova igreja na aldeia vizinha o procurou pedindo ajuda financeira e, meu pai, não tendo como o socorrer directamente, decidiu bater à porta de um outro amigo, pedindo ajuda para acudir ao padre… Coisa bonita, né? Bonita a valer!

Partiu muito novo – com menos de 62 anos!... – mas ficou para mim o seu magnífico exemplo, a sua herança de muito caracter e honestidade e a sua imensa saudade!

Deixo aí uma bonita foto, datada de Janeiro de 1970 – morreria 8 anos depois… - onde o vemos, na companhia de amigos, a chamuscar um porco acabado de matar, em frente da nossa casa no Chouto. 
Que descanse em paz

2 comentários:

Susana de Azevedo Pratas disse...

Tenho esta foto foto também!
O meu avô!

Pode ninguém acreditar no que vou "dizer", mas di-lo-ei, ainda assim. Eu era muito pequenita quando ele nos deixou (5 aninhos!).

Hoje com 39, não passou em 34 anos, um único dia sem que me lembre deste avô.

Sempre me esperava, sentado naquele mapple vermelho, na varnda da cas lá de cima. Quando sabia que íamos lá, ali se sentava, com um chocolatinho na mão á espera que eu chegasse e corresse para o colo dele. Lembro-me como se fosse hoje.

Sempre me mimava, nunca tinha uma palavra amarga para mim.
É um homem de referência na minha vida e será sempre.

Para ti meu avô, que sempre me acompanhas, um forte abraço com amor.

NOTA: Padrinho muito Obrigada po esta relíquia. Em ortugal tenho um album, com mais algumas fotos que, quando for lá, posso partilhar.

Um beijinho

Victor Azevedo disse...

Obrigado, Susana!
Novas fotos são sempre bem-vindas!