Nas manhãs de dias frios, húmidos, tristonhos, lúgubres e anunciadores de chuva quanto este rapaz, sentado em pequeno banco de assento de palha, juntinho ao lume e às brasas de sobro no quentinho da lareira rasa que, em contraste com a baixa temperatura do exterior, ali mais tornava paraíso, debaixo dos enchidos, dependurados no fumeiro por cima de nossas cabeças, saídos da recente matança do bácoro, alimentado e criado a hortaliças da horta e milho da seara, quantas Morcelas de Assar, assadinhas no borralho da fogueira foram degustadas? Quantas?
Entaladas no bom e alvo naco de pão caseiro, que depressa ficava ensopado na quente gordura que do bom pedaço de morcela saía – quando não da totalidade da dita cuja… - quantas e quantas Morcelas de Assar este saudoso rapaz não degustou, acompanhadas do inesquecível café que, na cafeteira em permanência sempre esquentava juntinho ao borralho e que, vertido para a generosa chávena, sempre prontinha a receber e saciar o contínuo apetite da criança e do rapaz, tornavam o pequeno-almoço num delicioso manjar para sempre recordado? Quantas?
Saudosos tempos, saudosos tempos que se foram!...
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