terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

OUTROS TEMPOS, OUTRAS PRÁTICAS...


Viviamos os anos 50 do século passado…

Pequenas bicicletas para crianças não existiam no mercado e, mesmo que as houvesse, onde estavam as posses para os nossos pais as comprarem? O dinheirinho era pouco, escasso, muito escasso e o pouquinho que se conseguia era para a fraca alimentação e para fazer face a mais importantes necessidades como doenças, médicos, medicamentos, etc.

Sendo assim, como fazer para andar de bicicleta, nessas velhas pasteleiras, como se chamavam na altura, que os nossos pais com esforço adquiriam para mais facilmente deslocarem-se nos seus afazeres diários usando os fracos caminhos de cabras de que se serviam na época, montes e vales adiante?

Como fazer? Ora, como diz o ditado, “quem não tem cão, caça com gato” e, assim, vá de aprendermos a enfiar as frágeis pernitas no quadro da dita e, caindo aqui, levantando acolá, no inicio de um equilíbrio instável, ganharmos prática e avançarmos destemidamente.

Como muitos de nós naquela idade fiz assim quilómetros e quilómetros nas centenas de vezes que percorri o caminho Chouto - Anafe do Avô Gregório e volta. Um ano? Dois anos? Três anos? Não sei… Não me lembro… Foi o tempo necessário até as pernitas crescerem e poder então chegar aos pedais galgando a perna por cima do quadro da bicicleta.

Velhos tempos… Tempos passados…

Tempos passados, não mais esquecidos e que, agora, estas imagens circulando pela net mais nos trazem à memória…

Meninos livres, descomprometidos e despreocupados.

Meninos de mil sonhos e mil anseios.

E como éramos felizes sem sabermos!...

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