sexta-feira, 29 de março de 2019

QUEIJO, A GRANDE PERDIÇÃO DO RAPAZ!


Vindo expressamente da zona de Castelo Branco onde, numa aldeia próxima, um seu familiar proprietário de uma excelente queijaria fabrica uns queijos de ovelha absolutamente divinais, recebi ontem mais um delicioso queijinho corado de ovelha, verdadeira maravilha, numa gentil oferta, a juntar a muitas outras anteriores, trazido e oferecido por compadre Lenine. 

Compadre Lenine, Lenine de nome próprio, assim mesmo, verdadeiro e real, nascido e registado com esse nome num tempo em que certamente deviam estar muito distraídos os funcionários de Salazar… Eh! Eh!

Pois compadre Lenine ofereceu-me ontem a maravilha e, não obstante ainda ter para terminar o consumo de uns quantos de outra origem e marca, hoje não descansei enquanto não degustei duas ou três fatias da nova delícia recebida! Podia lá esperar mais uns dias para me deliciar com tal mimo? Nem pensar! Nem pensar!...

É, na verdade, a minha grande perdição essa "belezura" dos quejinhos e, quando bebia a "pinguinha", eram eles e os tintinhos à sobremesa, os grandes responsáveis pelas dezenas de quilos que então tinha a mais no corpinho! Costumava então dizer que “esta coisa” estava mal feita porque, se estivesse bem feita e o queijo, o pão e o tintinho emagrecessem, eu seria um palito… Eh! Eh!

Acho que a perdição pelo queijo está no meu ADN. Está, está! O meu avô Gregório Alves era igualmente um perdido por queijinho a findar as refeições e, eu, saí a ele. Verdade!

A minha avó Maria, sua mulher, fazia uns deliciosos queijos de ovelha do seu grande rebanho, que me ajudaram a criar e crescer e que ainda hoje bem me recordo deles! Belíssimos secos mas absolutamente divinais em fresco! E tantos, tantos este menino comeu, cortados em grossas fatias metidas em pequenos e deliciosos pães caseiros que, tanto ela como minha mãe coziam no forno de lenha que existia junto a sua casa no "seu" Anafe, do meu Chouto!…

E, a propósito, o interessante aconteceu, facto que também aqui recordo, que não mais tendo degustado os queijos da avó Maria após a sua morte, como é lógico, uns anos depois, numa visita que fiz a sua filha, minha tia Luísa e tendo-me esta ofertado uns 2 ou 3 queijos frescos eu, entre espantado e deliciado, encontrei neles exactamente o mesmo sabor que tinha nos da minha avó e sua mãe. Fiquei pasmado, deliciado e não mais esqueci tão agradável surpresa. A tia Luísa fazia precisamente os mesmos queijos da avó Maria. Exactamente o mesmo formato, a mesma frescura e, sobretudo, o mesmo delicioso sabor!

E, pronto, a conversa já vá longa e vou terminar deixando aí uma foto do queijo maravilha, oferta de compadre Lenine, lamentando não ter imagens dos queijinhos frescos da minha saudosa avó mas, naquele tempo, fotografias só para ricos! 

Sim, porque estes queijos de ovelha, corados do primo do compadre Lenine bem como os frescos da minha avó Maria, estão indiscutivelmente no pódio dos melhores e especiais queijos que tenho degustado na minha vida!

Aaaah e repito: que pena o queijinho, o pão e o tintinho não emagrecerem!…

Que pena!...

Eu seria… um palito!...

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