E parece voltar á discussão pública a questão das Pensões Vitalícias dos políticos – agora chamam-lhe, subtilmente, “Subvenções Vitalícias”… - porque, ontem, o “Diário de Notícias” que foi descobrir uma lista do pessoal - mais de 400 “servidores” da causa pública, segundo se sabe!... - lista que, quanto se sabe, está “abafada”, publicou um quadro com fotos de alguns dos sujeitos, assim como uma “montra” onde se postam os indivíduos eventualmente mal comportados…
Esta é uma questão que pessoalmente muito me toca porque, bem me recordo, foi aquando da “fabricação” desta “mama” pelos deputados no governo do Bloco Central que, indignado e mesmo ofendido, achei que o criado – em causa própria! – era um roubo e uma ofensa ao povo português e decidi que nunca mais votaria em eleições políticas em Portugal! Assim tenho feito e assim continuarei.
Repescando na memória lembro-me que tivemos até o caso do Prof. Freitas do Amaral que, depois de uns quantos anitos na política fez as continhas e verificou que ainda lhe faltavam 4 meses para ter direito á benesse por eles criada e, então, pediu a um amigo com assento na Assembleia da República, que lhe facultasse a cadeira por esse período que lhe faltava… Foi noticiado… Não estou a inventar. Atingiu a meta desejada e, hoje, certamente, será mais um que estará na lista dos servidores na Nação…
Lembro que no início do 1º governo de Socrates, em 2005, período em que algo de bom se reformou e produziu, foi decidido acabar com as vitalícias pensões mas, faltando coragem, ficou-se apenas por delas não mais poderem beneficiar os políticos entrados no sistema depois daquela data mas… mas… os anteriores ficaram como estavam… São esses agora e mais uns quantos que depois as requereram por a elas terem direito que ainda continuam na mama, roendo o queijinho, caladinhos que nem ratos…
Caladinhos que nem ratos mas não se coibindo de virem para a comunicação social pedindo sacrifícios a pobres concidadãos que, com ordenados e pensões de miséria, têm de apertar o cinto e sacrificarem-se cada vez mais roubando à boca, à roupa e ao bem estar digno, deles e de seus filhos.
Que saiba e me lembre – só um político – UM, APENAS!!! – dirigente, na altura, discordou e recusou a Pensão Vitalícia publicamente e quero aqui deixar o seu nome: Foi Manuel Monteiro, que foi líder do CDS. Honra lhe seja feita!
E, em 2005, os senhores ex-políticos, vendo que a partir dali a mama acabava para os futuros, se pensassem na nação e tivessem vergonha e porque estavam em muitos casos muito bem instalados na vida, graças exactamente aos anteriores cargos políticos que ocuparam e que lhe serviram de trampolim, porque não abdicaram das suas Pensões Vitalícias?
Fica a pergunta, que me parece legítima…
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