Inevitável e desde sempre, quando parto para férias faço-me acompanhar de alguns livros para leitura nos momentos de ócio e, assim, televisão e notícias de tragédias, escândalos e tricas políticas ficam para preocupação muito secundária e, antes, prefiro ocupar o tempo com a leitura de um artigo ou outro de jornal ou revista e, sobretudo, o embrenhar-me no conteúdo de um bom livro, seja de romance, história ou análises sociais do mundo que nos rodeia.
Foi o que também fiz este ano e li num total para aí umas 1700 páginas dos livros que
escolhi.
Assim, reli mais uma vez Miguel Torga que incluiu um volume com os seus 8 primeiros Diários e ainda os 13º e 14º e li também a obra “Cinco homens que abalaram a Europa” da autoria do politólogo Jaime Nogueira Pinto, livro que tinha adquirido meses atrás e aguardava ocasião calma e despreocupada para o ler.
De Torga já aqui tenho confessado a minha preferência se não paixão pela sua leitura porque, para além de a sentir autêntica e genuína e embora reconheça que é bastante lúgubre e algo tristonha, o nosso transmontano escreve muitíssimo bem e muito se ganha com a sua leitura. Eu sou inveterado apreciador e admirador de Miguel Torga e adoro lê-lo.
Quanto a Jaime Nogueira Pinto foi a 1ª vez que o li e gostei. Esta obra, que nos fala de Estaline, Mussoline, Hitler, Salazar e Franco desde os seus nascimentos até às suas mortes, dá-nos conta das suas origens e das suas sanguinárias, se não loucas, vidas políticas.
O autor é um assumido homem de direita (evita por exemplo chamar de fascista ao regime de Salazar) e, isso, para além de já o sabermos de seus habituais debates políticos e artigos em jornais e revistas, é evidente nesta obra mas é sem dúvida um homem de vastíssimos conhecimentos da história política nacional e mundial de que este livro é um excelente testemunho com detalhadas narrações de encontros, reuniões e decisões políticas dos actores políticos naqueles agitados anos da nossa Europa, onde o autor nos fornece muitos e impressionantes detalhes, sinónimo de que se serviu dos seus vastos conhecimentos e muita documentação consultada para assim se expressar.
Foi portanto este o meu proveito literário destas férias, que duraram dois meses e dou o tempo por bem empregue.
Descansei a cabeça e distraí-me. Foi bom!
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