segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A BANDEIRA NÃO É RODILHA!


A bandeira, seja de uma pequena colectividade de bairro ou aldeia, de uma grande associação ou clube, ou ainda de um qualquer país, pequeno ou grande no contexto das nações, não é um vulgar pano que se transporta aqui ou ali mas, antes e principalmente, é o símbolo máximo representativo dessas associações de pessoas em vivência colectiva e civilizada.

Exibidas em grandes ou pequenos, ricos ou pobres estandartes, as bandeiras são tratadas e exibidas com a dignidade e civilidade que a sua apresentação representa nas sociedades organizadas e civilizadas da nossa vivência em comunidade. Isto, felizmente, é o que encontramos e vemos por todo o canto do mundo, numa constância e num hábito que se torna exigível e obrigatório mas… há excepções… Lamentavelmente, por vezes, isso não acontece…


É o caso destes exemplos que apresento nestas duas fotos que circulam pela internet e que resolvi aqui juntar.

Se na da esquerda, numa ocorrência passada na varanda da Câmara Municipal de Lisboa anos atrás, a possamos tolerar, interpretando-a como resultante de uma grande distracção e desleixo, ainda que imperdoável, que dizer do apresentado na foto da direita no inadmissível processo como a Bandeira Nacional é manuseada?

Desconheço a identidade do personagem na esquerda na foto (clique para a ampliar) que será eventualmente um autarca e talvez um político local qualquer, mas parece-me reconhecer na direita a figura da Drª Assunção Cristas, presidente do CDS/PP, desconhecendo que papel ali desempenhava. O personagem portador da Bandeira Nacional naquelas incríveis condições mereceria ali mesmo uma forte reprimenda que eventualmente não terá acontecido por parte de Assunção Cristas a avaliar pelo seu sorridente rosto…. Isto para não falar e não ir tão longe no que alguns entenderão como merecedor de castigo porque, como sabemos, o mau trato e falta de respeito tido com o símbolo nacional é passível de pena no nosso Código Penal… 


E, vendo estas fotos e falando do respeito a que à nossa Bandeira Nacional é devido, veio-me à memória o por mim assistido várias vezes e, pelo menos nesta vez registado, num pequeno e distante povoado (Cavungo) bem no interior do muito distante leste angolano, durante a guerra colonial: quando a Bandeira Nacional de Portugal era içada ou arreada no aquartelamento, ouvindo-se o som do clarim alusivo à cerimónia, os nativos, passantes na via pública, numa manifestação de respeito cessavam a marcha e, em sentido, faziam honras ao símbolo nacional português. Isto, que não foi  minimamente encenado porque autêntico, vindo de gente inculta e impreparada, a sofrer as consequências de uma guerra de soberania, bem poderia servir de lição ao personagem político na foto da direita que ali trata indecentemente, que nem rodilha,  a nossa Bandeira Nacional.

Sem comentários: