sábado, 25 de novembro de 2017

"MAUS FÍGADOS" - RECAUCHUTAGEM - DIAS 01 A 11


PÓS-OPERATÓRIO COM DIAS DIFÍCEIS


E, onze dias depois, volto finalmente a escrever sobre a recauchutagem do meu mau fígado.

E só agora porquê?

Não é que eu, quando iniciei a contagem em 00 imaginasse que, logo, logo e diariamente conseguiria redigir apontamentos, assim coisa como que um diário mas, virgem como sou nestas andanças das cirurgias e internamentos até pensava que, passados 2 ou 3 dias após a operação pudesse escrever mas a realidade foi bem diferente e isso tornou-se impossível….

Primeiro, porque a cirurgia foi grande (decorreu durante 4 horas!) e mandou-me para os “Cuidados Intermédios” onde permaneci 5 dias e meio e, depois, porque, vindo para a enfermaria, cujo ambiente para muito melhor nada tem a ver com aqueles outros serviços, ainda vinha muito fraco e abalado. E, francamente, escrever era coisa em que não pensava minimamente…Coisa totalmente impensável. Queria era sossego e paz na cabeça e foi o que aconteceu nestes últimos dias.

E, agora, já com quase uma semana decorrida, as melhoras têm sido sentidas e notadas praticamente de hora a hora. Estou francamente melhor.

Cinco dias deitado, só ingerindo chá e água, coisa logicamente bem exigível, deu no que de deu...

Danada de situação nunca antes experimentada...

Quando quis levantar-me da cama nessa tarde de segunda-feira (20) as pernas tremiam-me que nem varas verdes abanadas pelo vento e a cabeça, a cabeça andava à roda numa sensação absolutamente inédita e por isso estranha para mim. Jamais esquecerei aqueles momentos.

Depois, progressivamente, a coisa foi melhorando quer nas pernas, quer na cabeça e, hoje, sábado (25) já não vivo aquelas situações. 

Estou em franca e nítida melhoria e acho que me darão alta daqui a poucos dias julgando que não aconteceu já, não obstante o dreno ainda continuar a expelir liquido porque, entretanto, surgiu-me uma danada de uma alergia com manchas e comichão intensa que rapidamente se espalhou por todo o corpo. Creio entretanto que ontem o meu cirurgião, que me visitou, detectou a razão da gaja e já atalhou e medicamentou-me adequadamente e hoje sinto-me melhor. A coisa parece ter a ver com a famosa igualdade/composição de medicamentos originais e genéricos. 

Eu andava a tomar antes do internamento um medicamento original e, eles, aqui no hospital – na poupa! –, só usam os genéricos. 

Deu no que deu… E utente sofre!.

E, agora, venham afirmar-me de novo essa dos genéricos serem iguais aos originais...

Para não tornar este texto mais extenso no próximo dia voltarei à “recauchutagem” da minha figadeira abordando outras situações aqui vividas e para já deixo uma foto do dia 23 dando conta da vista que tenho aqui sentado ao computador e outras duas que o atrevido do Nuno me tirou sem eu me aperceber: a 2ª, do dia 20, ainda nos “Cuidados Intermédios” e a 3ª, de 23, já aqui na enfermaria, no local onde me encontro.

Quando se tem filhos atrevidos dá nisto… 

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