A coisa aconteceu assim:
Ontem, 8 de março – Dia da Mulher! –, como que
para fazer esquecer o duro e desagradável Inverno que fomos vivendo neste ano, estava
lindo de sol e céu azul mas, a manhã, nas primeiras horas, estava um bom bocado
fria… Ia no jipe, só com uns centímetros do vidro aberto e, pondo a mão de
fora, dava para sentir como era desagradável o ventinho frio…
Ainda antes das 10 da manhã, na danada
da vontade de matar o vício, fui fazendo uns quantos lançamentos mas de nada
valeu e, sentindo como estavam frias as águas da represa, bem me lembrei das experientes
palavras do Carvalho, velho e saudoso companheiro de muitas horas e dias de
pesca que, nestas situações, sempre dizia: “Estão arrecadados”. E até bem
parecia que estavam dadas as vezes que uma, outra e mais outra e diferentes
amostras iam e vinham sem o mais pequeno “toque”, sem a mais pequena presa que
nelas se fixasse… Mas, mais atentamente, passado um tempo e sem que o vento
agitasse a superfície da água e observando num plano superior, eis que vejo um,
dois e mais uns quantos pequenos achigãs como que passeando a dois, três palmos
da superfície… Mas, que é isto? - pensei... Afinal, não estão arrecadados?...
Resolvi então, avançando na margem,
insistir um pouco mais à frente e, insistindo… zás, fui premiado! Um bom puxão e
aí tenho, pela 1ª vez neste rigoroso Inverno de 2014, o 1º peso significativo
na ponta da linha! Tinha ali um achiganito já de porte! “De nome”, como também
dizia o Carvalho!
Corrico uns metros e, contrariedade, o
bichinho fica-me preso nos 2 a 3 metros de ervas que tenho na margem que restam
junto a mim e faço mais força no carreto e na cana de pesca… Forço, forço mais um
pouco e... zás!, o gajo solta-se e, disparado, eis que me atinge exactamente na
perna direita um pouco acima do joelho e, então, azar dos azares, pela 1ª vez
em tantos anos de pesca, uma das fateixas da amostra que o peixe não abocanhou,
fura-me a calça de ganga e... pumba!, fura-me também a perninha! Fixa-se a danada na fofa carninha
aqui do rapaz!...
E, eis a cena caricata e ridícula: Um
achigã de meio quilo – porra, como o bicho pesava!... - pendurado que nem um "piercing" numa fateixa da
amostra e a outra agarrada na febra do incauto pescador a suportar aquilo tudo!…
Ridículo e caricato, né? Pois… mas aconteceu… Pela 1ª vez, neste velho pescador
de achigãs!…
E, veja-se a hilariante cena: 1º, pensando que a fateixa estava à superfície da pele, dado que tinha a calça de permeio, o pescador aselha puxa pelo achigã preso na outra fateixa, na esperança que a outra se soltasse da perna mas... é o soltas... Estava bem presa e... como doía...; 2º, ele decide soltar o peixe da amostra mas, como não o pode largar no piso inclinado porque logo rolaria para a água, toca de subir o terreno e, de perna tesa, porque o movimento da calça lhe puxava o "piercing", vá de percorrer algumas dezenas de metros na direcção da horta a pedir auxílio onde o seu hortelão e solicito e inesperado "enfermeiro" procurou um alicate para o socorrer. Incrível! Hilariante e ridículo q.b.
E, veja-se a hilariante cena: 1º, pensando que a fateixa estava à superfície da pele, dado que tinha a calça de permeio, o pescador aselha puxa pelo achigã preso na outra fateixa, na esperança que a outra se soltasse da perna mas... é o soltas... Estava bem presa e... como doía...; 2º, ele decide soltar o peixe da amostra mas, como não o pode largar no piso inclinado porque logo rolaria para a água, toca de subir o terreno e, de perna tesa, porque o movimento da calça lhe puxava o "piercing", vá de percorrer algumas dezenas de metros na direcção da horta a pedir auxílio onde o seu hortelão e solicito e inesperado "enfermeiro" procurou um alicate para o socorrer. Incrível! Hilariante e ridículo q.b.
Depois… Bem, depois foi a ajuda
do amigo que largou o trabalho na hortinha e que, com um pequeno
alicate de corte nas pontas que foi buscar às suas ferramentas, amputou as hastes
da fateixa e, logo depois, arregaçada a calça do desajeitado pescador, sacou pelo
bico, da alva e desflorada perninha, o “brinquinho” que ali se alojava… Mas doeu um
pouquinho, embora não muito, de verdade… Mas, convenhamos, confrangedor foi ver
o velho pescador pedir tão insólita ajuda… Ridículo de mais!...
Enfim… Coisas da pesca e cenas para ir
recordando…
Fica aí a foto com a ampliação do local ensanguentado pela aselhice, com o
inevitável caricato da mesma. Teria sido muito melhor ter fixado na máquina a incrível
cena na hora mas, a dor, a preocupação e a vergonha da situação, nem deu para
lembrar disso…
4 comentários:
Azevedo pescadores perseverantes e dedicados passam por isso he he he..
Parabéns pelo passeio e pela pescaria.
Abraços,
Obrigado, caríssimo Roberto, pela visita e pelo amigo comentário!
Dá para aliviar a dor da farpada e a vergonha da situação!... eheh
Abraço, meu amigo e experiente pescador do Maranhão!
Normal. Eu ja cravei minha garatéia na orelha do Jef...kkkkkk
Eh! Eh! Coitado do JEF! Agora fizeste-me rir... Ele é que não deve ter achado graça à aselhice...
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