Pena que não seja assim todos os dias e todos os anos mas... essa é outra história muito mais complexa e muito mais inverosímil...
Entretanto e no meu caso pessoal, esta data, por razões particulares, está sempre ligada a dois factos muito fortes da minha vida que, forçosamente sempre terei de lembrar nestes dias festivos.
Na verdade e tendo em conta esta noite de Natal de 2007, lembrei-me bem que perfizeram-se exactamente 40 anos que em Angola rebolei e rastejei debaixo de balas na Guerra de Angola, naquele que foi o meu baptismo de fogo naquelas paragens e, ainda e sobretudo, nesta mesma noite, bem me recordei que 29 anos atrás estava, com demais familiares e amigos na Chamusca velando o corpo do meu pai, falecido nesse dia. Depois, no dia de Natal, foi o triste funeral para a sua última morada no cemitério local.
Assim, num indesejável contraste, eis que, sempre, todos os anos pelo Natal celebro e recordo um nascimento, uma guerra e uma morte que, pelas mais diversas razões influenciaram, comandaram e tiveram relevante importância na minha formação e na minha vida como homem.
A vida. A nossa vida, com as muitas alegrias e tristezas que a compõem.
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