quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A VELHA FONTE


Rua acima, quantos cântaros cheiinhos, num equilíbrio difícil e algo inimaginável para os dias de hoje, carregados à cabeça das moçoilas solteirinhas, livres e felizes de outros tempos?

Quantos litros de água, pura e cristalina, levados para casa para refrescar gargantas sedentas por dias de labuta demasiado esforçada de Sol a Sol e nunca rejeitada?

E quantas “conversinhas” a meia voz de namoradinhos que aqui se cruzavam e, sedentos de paixão, alimentavam seus sonhos e seus anseios?

Quantas propostas atrevidas e quantos sorrisos marotos?

Quantas certezas concretizadas?

E quantos sonhos desfeitos?..
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Oh velhinha fonte da minha aldeia que tantos segredos ontem guardaste e tantos sonhos hoje encerras para todo o sempre!...


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