segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A GENTE OUVE CADA COISA...


Hoje, ao fim da tarde, aguardava a saída do meu neto do colégio, no fim de um dia de aulas e ouvia o noticiário da TSF. As notícias não eram muito “frescas” e a principal era mesmo já conhecida desde o início da tarde: tinha sido atribuído o Prémio Nobel da Medicina ao casal norueguês Edvard Moser e May-Britt Moser e ao anglo-americano John O’Keefe, pelas suas descobertas de células que constituem um sistema de posicionamento no cérebro.

Notícia bonita e importante a que o noticiário algo mais acrescentava dizendo que, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, se regozijava com a notícia exactamente porque, segundo ele, o casal norueguês tinha usufruído de uma bolsa da UE para as suas investigações mas, acrescentava o locutor de serviço nas notícias e cito de memória “nem todos ficaram satisfeitos com esta atribuição” porque, segundo afirmou, uns grupos noruegueses de defesa dos animais manifestaram a sua discordância pela atribuição deste Nobel porque, para os estudos e para as experiências os neurocientistas da Noruega tinham sacrificado ratos. Eles tinham feito os estudos nos cérebros de… ratos…
Não tenho muito mais a acrescentar, né?
Recordo-me que há já uns anos na velha casa da aldeia tinha um danado de um rato que nos incomodava e preocupava e, o nosso tio Zé sabendo, descansou-me: “deixe que eu trago uma ratoeira que comprei há dias e ele cai nela!…” E, caiu mesmo, nessa primeira noite! No dia seguinte o desgraçado ali estava “enforcado” quando tentava abocanhar o bocado do queijo…
Na altura eu andava pelo Fotolog e publicava muitas fotos, que ainda lá estão, com textos/legenda alusivos e, como antes, sobre um qualquer nascimento publiquei uma foto e escrevi num hino e homenagem à vida, para o que me havia de dar tirando uma fotografia ao rato “enforcado” na ratoeira ? Numa evidente decisão de mau gosto, que reconheço mas, não pensando nisso e num contraponto à outra do nascimento de uma vida, vá de escrever sobre a morte e consequente extinção da vida.
O que é que eu fiz? Caiu-me  “o carmo e a trindade” encima com uma carrada enorme de chamados amigos dos animais a chamarem-me de tudo, tudo e a tratarem-me abaixo de… rato… Foi o fim do mundo!... O que eles e elas me chamaram… Está ainda aí na net, no Fotolog…
Houve quem me desejasse que morresse enforcado e teve até uma senhora que me deixou muito preocupado porque, profetizou ela, na próxima reencarnação eu serei um…  rato e morrerei enforcado numa ratoeira…
Tive noites que nem dormi com esta profecia…
Desta vez são os neurocientistas condenados porque sacrificaram ratos nos seus importantes estudos. Enfim…

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