sexta-feira, 27 de outubro de 2006

VERGONHA DE JUSTIÇA

O que aconteceu hoje no Tribunal é algo que, deduzo, para mim, face às experiências que tenho nos raros contactos com os tribunais portugueses, é sempre, sempre o que acontece quando se recorre à Justica em Portugal nos dias que correm...

Incrivelmente verdadeiro mas... incrivelmente certeiro!.

Ora veja-se só: A desgraçada da drogada que, na companhia de outros infelizes companheiros que assaltaram, roubaram, violaram e fod.... na minha casa, disse - com um descaramento que choca e insulta quem a conhece e conhece a situação... - que de nada se lembra porque – ela o disse a douto conselho do sábio advogado, certamente... - de nada se lembrar, de nada saber...

E, a audiência, os inquéritos do juíz às testemunhas e tudo, tudo girou à volta disto: Não obstante os factos, as evidências, os muitos documentos, o que vale é a prova testemunhal. E, assim, está tudo dito.

Assaltou com outros?... Roubou com outros?... Fizeram o que quiseram e bem lhes apeteceu numa residência sem ocupantes? Tudo “visto”, tudo “provado” ( a infeliz é até encontrada “meia morta” na manhã seguinte ao assalto dentro da casa violada?) (e eu, revendo o que escrevi, tive que colocar ali uma aspas...) por tudo se lhe passa uma esponja... Neste, como noutros casos em tribunal o que conta na nossa justiça é a prova testemunhal (“não sei”, “não lembro”...etc, etc,...) e o resto, do que há outras provas, inclusive provas escritas, nada conta. Nada conta.

Critica! Forte critica! (Apetecia-me escrever “merda!”) para os sábios doutores – advogados, juízes, políticos... - que criaram estas situações e que agora geram estes e tantos outros casos de que, não tenhamos dúvidas, só os homens que se movimentam na justiça e nos tribunais – com os advogados à cabeça – saem beneficiados.

Resumindo: Há mais de quatro anos uns merdas de uns drogados assaltaram e roubaram a minha casa na aldeia e, agora, chocante, incrivelmente e, se quisermos hiláriamente, os juízes e os advogados ouvem mentiras, adulterações à verdade e tentam não dar por nada, nada ver, assobiar para o lado e...e...e...deixa andar...

Esta a justiça que temos em Portugal!...

Uma vergonha!...

(E o juiz até me parecia um sujeito porreirinho e bem inteirado no “molho de brócolos” em que foi envolvido...)


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