O meu novo brinquedinho, este pequenino computador que agora adquiri e onde escrevo neste momento, é uma deliciosa e surpreendente maravilha!
Portátil, na verdadeira acepção da palavra, acredito bem que passe a ser a minha 2ª pele uma vez que me acompanhará no futuro para todo o lado. Com apenas um quilo de peso e medindo ainda menos que uma folha A4, (exactamente 27x20 cms.), cabe em qualquer lugar e é bem fácil de transportar. O único senão poderá ser a capacidade das cargas (vem equipado com duas) mas esse é um facto que ainda estou a testar.
Sem que a tela seja desdobrável ou extensível , acho que será impossível usar no futuro um computador mais pequeno. Aqui, a tela está a atingir os mínimos dos mínimos aceitáveis.
Eis, pois, o meu novo brinquedinho que, sinceramente, me está a entusiasmar, ainda para mais com a internet móvel instalada e cujas características – velocidade e capacidade de uso – francamente me surpreenderam.
A minha nova 2ª pele fascina-me!
terça-feira, 24 de abril de 2007
quinta-feira, 19 de abril de 2007
UM OLHAR...
Vou à janela.
Ali, mesmo abaixo na calçada, dois pacatos homens de idade – por volta dos setenta... - descem a rua cruzando-se com uma esguia moça de justas calças de ganga e camisola de alças, que lhes mostra as brancas omoplatas e os esguios e alvos braços. Leve, ligeira, elegante! Um real contraste com os dois passeantes amigos...
Um deles mira a pequena e, para mirar ainda melhor, roda para a esquerda a cabeça e até mesmo o próprio corpo para melhor acompanhar, observar e saborear a visão tão ágil e passageira.
O outro, vendo a cena, lança-lhe:
- Estás a olhar?...
- Estou. Estou a olhar para o dia de ontem...
Ouvi. Vi. Sorri...
E fechei a janela...
Ali, mesmo abaixo na calçada, dois pacatos homens de idade – por volta dos setenta... - descem a rua cruzando-se com uma esguia moça de justas calças de ganga e camisola de alças, que lhes mostra as brancas omoplatas e os esguios e alvos braços. Leve, ligeira, elegante! Um real contraste com os dois passeantes amigos...
Um deles mira a pequena e, para mirar ainda melhor, roda para a esquerda a cabeça e até mesmo o próprio corpo para melhor acompanhar, observar e saborear a visão tão ágil e passageira.
O outro, vendo a cena, lança-lhe:
- Estás a olhar?...
- Estou. Estou a olhar para o dia de ontem...
Ouvi. Vi. Sorri...
E fechei a janela...
sábado, 14 de abril de 2007
OLÁ, PARIS !
Esta rapaziada nova por vezes toma decisões que nos deixam positivamente de boca aberta de espanto...
Foi o que aconteceu agora, sendo que resultou numa agradável surpresa tanto para mim como para a Tense...
O Nuno, achando que eu estava a decidir errado não querendo receber dele uns euros de umas contas antigas, entendeu que também não ficaria com eles e surpreendeu-nos organizando para mim e para a mãe uma viagem de uma semana a Paris na data em que completamos 35 anos de casório.
Ontem fomos surpreendidos com um e-mail com a notícia deste belo gesto e, por isso, como é evidente, ficamos muito satisfeitos e agradecidos por tão amável e gratificante iniciativa.
De 2 a 8 de Maio próximo visitaremos então Paris – talvez nunca o fizesse se não fosse isto!... – e estou convicto que constituirá nas nossas vidas mais um belíssimo marco, uma vez que ficaremos hospedados mesmo no centro da “cidade luz” e teremos então ocasião de efectuar boas e inesquecíveis visitas turísticas pelo Centro Histórico de Paris, que registaremos na memória e nas objectivas que nos acompanharão, para mais tarde recordarmos.
Neste bonito gesto e nesta surpreendente iniciativa do Nuno e da Sofia, todo o apreço e a viva gratidão e apreço que lhes é merecida e que não regateio!
domingo, 1 de abril de 2007
E... O INEVITÁVEL ACONTECEU!...
Visitei o meu velho amigo António em 29 de Outubro último e, impressionado aqui escrevi, quase, quase pressagiando o que viria agora a acontecer:
Visitando e bebendo uns copos com o meu velho amigo António soube – ele o disse – que o seu filho de 30 anos (de 30 anos!...) há 15 dias foi parar ao hospital porque “levou” oito (!!!) facadas depois de um contacto com uns amigos numa habitual convivência dos grupos em que se movimenta...
Eu, que desconhecia aquela ambiência, ainda ingénuo, questionei-o:
- Porra ! Tónio, como aconteceu isso?...
Ao que ele, com uma franqueza que sinceramente me impressionou, logo respondeu:
- Foram uns gajos da droga.
Merda! Merda de vida, de convívios estes e de mundo este! Que situação e que coisa esta que me tapa a boca, me impede de falar directa, francamente com o meu velho amigo António...
Passo à frente... Mudo de conversa... Espero mais um pouco e depois saio e agradeço a amiga recepção do meu companheiro de infância...
Que coisa!... Que situação!...
Aconteceu apenas – apenas?... – que os tintos, o chouriço e a farinheira assados ali, com tanto gosto e gentileza por ele, ali à minha frente, foram por mim enaltecidos – muito enaltecidos! – imaginando e avaliando o que sentirá aquele amigo quando, convivendo com outro velho amigo de infância o está fazendo ao mesmo tempo que se lembra e sente no seu viver, na sua pele, no mais intimo do seu ser, a “carga de trabalhos” que há anos lhe caiu em casa com aquele filho agarrado à horrível engrenagem da droga...
Vindo para casa, auto-estrada fora, jantando depois no meu bom ambiente familiar e, agora, aqui na frente do computador, falando com os meus botões, não consigo pensar noutra coisa...
Que desconforto!...
Agora, passados estes cinco meses recebo a notícia da sua morte, inesperada e brutal, como resultado de um AVC.
Tinha de ser. Eu vira bem que o António estava fortemente perturbado e o inevitável aconteceu.
Morreu a 28 de Março e, a 29, sentidamente, muito sentidamente, acompanhei-o à sua última morada.
Que descanse em paz. Na paz que nos últimos anos da sua vida não lhe permitiram que vivesse e que ele bem merecia pois era um excelente homem!
Um excelente homem e um bom amigo!
Até sempre, Tónio!...
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